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Embalsamamento

A tarefa difícil de preservar o corpo de Chávez

Cartaz do ex-presidente Chávez coberto com mensagens de apoio como “Meu presidente eterno” e “Sou chavista até morrer” | Tomas Bravo/Reuters
Cartaz do ex-presidente Chávez coberto com mensagens de apoio como “Meu presidente eterno” e “Sou chavista até morrer” (Foto: Tomas Bravo/Reuters)

O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu expor o corpo de Hugo Chávez (1954-2013) "para a eternidade", dentro de uma tumba de vidro. Mas depois admitiu ser improvável fazer isso por tempo indeterminado, inclusive porque o primeiro embalsamamento demorou demais para ser feito.

Se a Venezuela seguir os procedimentos usados nos Estados Unidos, deverá lançar mão da técnica de embalsamamento repetido.

"A primeira coisa para lembrar sobre embalsamamento, como nós fazemos nos EUA, é que ele é destinado a adiar a deterioração natural do corpo, não é para sempre", afirmou o embalsamador Vernie Fountain, fundador da Academia Nacional Fountain de Competências de Embalsamamento Profissional, em Springfield, no Missouri.

Nos EUA, a maior parte dos embalsamadores usa uma máquina que injeta um fluido com produtos químicos, principalmente formaldeído, em uma artéria do corpo, enquanto a maior parte do sangue é drenada a partir de uma veia. Muitas vezes, um produto químico umectante é adicionado para preencher parte dos espaços vazios.

Segundo Fountain, além de injeções periódicas de umectante, profissionais da área usam também maquiagem para cobrir áreas que ficaram marrons com a desidratação.

Há ainda a possibilidade de se fazer uma máscara facial, utilizando a face real de Chávez para formar um molde que pode ser colocado sobre a carne no futuro. "E mantê-lo mais parecido como quando ele morreu", diz Fountain.

"Quando se deseja preservar um corpo durante um longo período de tempo, os médicos aplicam quantidades mais concentradas de produtos químicos", explica Camilo Jaramillo, em embalsamador colombiano e ex-aluno do Instituto de Serviço Funerário da Academia Americana McAllister. "É um processo muito mais lento e deve ser feito com muito cuidado. Preservação indeterminada realmente não existe."

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