Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Eleições

A três dias da votação, Sarkozy e Royal lideram na França

A eleição presidencial de domingo na França parece se encaminhar para a tradicional disputa entre os principais partidos de direita e esquerda, enquanto a tentativa do candidato centrista perde fôlego, segundo pesquisa do instituto BVA divulgada nesta quinta-feira, uma das últimas antes do primeiro turno. (Entenda a eleição francesa)

O ex-ministro do Interior Nicolas Sarkozy lidera com 29 por cento, contra 25 da socialista Ségolène Royal. Para trás ficam o centrista François Bayrou, com 15 por cento, e o ultradireitista Jean-Marie Le Pen, 13 por cento, que parece não repetir o desempenho de 2002, quando ultrapassou o socialista Lionel Jospin e terminou em segundo - embora nada esteja descartado.

Na noite de quarta-feira, Sarkozy, que desde o começo do ano lidera as pesquisas, disse num comício que seus adversários estão assustados. "Eles não têm idéias sobre desemprego, ou sobre imigração, e abandonaram a Europa", afirmou.

"A única idéia deles é bloquear Nicolas Sarkzoy, de tanta certeza que têm de que estarei no segundo turno. Obrigado pela demonstração de confiança", ironizou.

Sarkozy ganhou reputação de ser um linha-dura em questões de segurança quando era ministro e enfrentou os distúrbios de 2005 nos subúrbios das grandes cidades. Economicamente, é o mais liberal dos candidatos. Mas assusta muitos eleitores que o consideram excessivamente autoritário.

Seus rivais ampliam os ataques ao seu caráter, qualificando-o de perigoso e acusando-o de tentar roubar o eleitorado de Le Pen.

Os grandes temas da campanha foram emprego, imigração e segurança, mas nas últimas semanas o foco é cada vez mais sobre a personalidade dos candidatos.

Royal, que combina uma plataforma econômica esquerdista com uma ênfase em valores sociais tradicionais, conseguiu reagir depois de uma campanha atribulada e cheia de gafes, que levou muitos a questionarem sua capacidade de se tornar a primeira mulher a presidir a França.

Ambos os candidatos, prováveis rivais no segundo turno de 6 de maio, tiveram de enfrentar críticas em seus próprios partidos. Livros feitos às pressas acusando-os de incompetência e arrogância viraram best sellers.

Os últimos dias da campanha são especialmente importantes porque, segundo as pesquisas, cerca de 40 por cento dos eleitores estão indecisos ou admitem mudar de candidato.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.