Pessoas que fugiram do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz chegam ao ponto de verificação coordenado pelas Forças Democráticas da Sírias, apoiadas pelos EUA, em 6 de março de 2019. Foto: Delil Souleiman / AFP| Foto:

Centenas de combatentes e civis se arrastaram para fora do último território ocupado pelo Estado Islâmico no leste da Síria neste fim de semana, depois que forças lideradas pelos Estados Unidos atacaram o local a partir do solo e do céu. O autodeclarado califado islâmico, que já foi do tamanho do Reino Unido, agora é apenas um labirinto de tendas e túneis. Mas a batalha final tem sido bastante lenta.

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Na segunda-feira (4), as Forças Democráticas da Síria (FDS), curdos apoiados pelos EUA, disseram que seus homens estavam avançando lentamente devido ao número de civis ainda presos dentro da aldeia de Baghouz. Milhares deixaram o local nas últimas semanas, mas um número desconhecido permanece. Alguns estão com muito medo de sair, dizem os fugitivos. Outros se recusam a abandonar a causa.

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Depois de uma trégua de dez dias para encorajar mais rendições, a batalha recomeçou neste fim de semana com uma ferocidade antes despercebida neste pequeno canto da Síria. A terra e as palmeiras balançaram quando as bombas caíram. À noite, os fogos emolduravam as silhuetas do que restava de Baghouz. A vitória, conforme prevê as FDS, virá "em um curto período".

Fumaça se espalha após o bombardeio na última fortaleza do Estado Islâmico, em Baghouz, no leste da Síria, em 4 de março de 2019 | Foto: Delil Souleiman/AFP
Fumaça se espalha após o bombardeio na última fortaleza do Estado Islâmico, em Baghouz, no leste da Síria, em 4 de março de 2019 | Foto: Delil Souleiman/AFP
Membros das Forças Democráticas da Síria montam guarda em cima de um prédio durante bombardeio na última fortaleza do Estado Islâmico de Baghouz, na província síria de Deir Ezzor, em 3 de março de 2019 | Foto: Delil Souleiman/AFP
Membros das Forças Democráticas da Síria montam guarda em cima de um prédio durante bombardeio na última fortaleza do Estado Islâmico de Baghouz, na província síria de Deir Ezzor, em 3 de março de 2019 | Foto: Delil Souleiman/AFP
Membros das Forças Democráticas da Síria montam guarda em cima de um prédio durante bombardeio na última fortaleza do Estado Islâmico de Baghouz, na província síria de Deir Ezzor, em 3 de março de 2019 | Foto: Delil Souleiman/AFP
Membro das Forças Democráticas da Síria manuseia uma arma anti-aérea durante o bombardeio na última fortaleza do Estado Islâmico de Baghouz, na província síria de Deir Ezzor, no dia 3 de março de 2019 | Foto: Delil Souleiman/AFP
Um veículo pertencente à coalizão liderada pelos EUA desce uma estrada durante o bombardeio na última fortaleza do Estado Islâmico, em Baghouz, na província síria de Deir Ezzor, no dia 3 de março de 2019 | Foto: Delil Souleiman/AFP
Membro das Forças Democráticas da Síria corre para se abrigar durante o bombardeio na última fortaleza do Estado Islâmico, em Baghouz, na província síria de Deir Ezzor, no dia 3 de março de 2019 | Foto: Delil Souleiman/AFP
Membros das Forças Democráticas da Síria (FDS) montam guarda no último reduto do Estado Islâmico em Baghouz, no leste da Síria, em 2 de março. Foto: Delil Souleiman / AFP
Membros das Forças Democráticas da Síria (FDS) montam guarda no último reduto do Estado Islâmico em Baghouz, no leste da Síria, em 2 de março. Foto: Delil Souleiman / AFP
Membros das Forças Democráticas da Síria (FDS) verificam coordenadas no alto de um prédio perto do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz, no leste da Síria, em 2 de março de 2019. Foto: Delil Souleiman / AFP
Dorothee Maquere, esposa do jihadista francês Jean-Michel Clain, senta com quatro de seus cinco filhos em área de verificação na província de Deir Ezzor, no leste da Síria, após fugir do último reduto do Estado Islâmico, em 5 de março de 2019, durante operação das forças da Síria apoiadas pelos EUA para expulsar jihadistas do EI da região. Foto: Delil Souleiman / AFP
Jihadistas suspeitos de serem membros do Estado Islâmico caminho juntos para um ponto de verificação para recém-chegados coordenado pelas Forças Democráticas da Síria na região de Baghouz, em 5 de março. Foto: Delil Souleiman / AFP
Homens suspeitos de serem combatentes do Estado Islâmico caminham juntos para um ponto de verificação para recém-chegados coordenado pelas Forças Democráticas da Síria na região de Baghouz, em 5 de março. Foto: Delil Souleiman / AFP
Centenas de civis que fugiram do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz se dirigem ao ponto de verificação para recém chegados, coordenado pelas Forças Democráticas da Síria. Foto: Delil Souleiman / AFP
Mulher síria segura duas meninas enquanto centenas de civis, que fugiram do último reduto do Estado Islâmico na Síria se dirigem ao ponto de verificação coordenado pelas Forças Democráticas da Síria. Foto: Delil Souleiman / AFP
Pessoas que fugiram do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz chegam ao ponto de verificação coordenado pelas Forças Democráticas da Sírias, apoiadas pelos EUA, em 6 de março de 2019. Foto: Delil Souleiman / AFP
Pessoas que fugiram do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz chegam ao ponto de verificação coordenado pelas Forças Democráticas da Sírias, apoiadas pelos EUA, em 6 de março de 2019. Foto: Delil Souleiman / AFP
Pessoas que fugiram do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz chegam ao ponto de verificação coordenado pelas Forças Democráticas da Sírias, apoiadas pelos EUA, em 6 de março de 2019. Foto: Delil Souleiman / AFP
Pessoas que fugiram do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz chegam ao ponto de verificação coordenado pelas Forças Democráticas da Sírias, apoiadas pelos EUA, em 6 de março de 2019. Foto: Delil Souleiman / AFP
Pessoas que fugiram do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz chegam ao ponto de verificação coordenado pelas Forças Democráticas da Sírias, apoiadas pelos EUA, em 6 de março de 2019. Foto: Delil Souleiman / AFP
Pessoas que fugiram do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz chegam ao ponto de verificação coordenado pelas Forças Democráticas da Sírias, apoiadas pelos EUA, em 6 de março de 2019. Foto: Delil Souleiman / AFP
Pessoas que fugiram do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz chegam ao ponto de verificação coordenado pelas Forças Democráticas da Sírias, apoiadas pelos EUA, em 6 de março de 2019. Foto: Delil Souleiman / AFP
Pessoas que fugiram do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz chegam ao ponto de verificação coordenado pelas Forças Democráticas da Sírias, apoiadas pelos EUA, em 6 de março de 2019. Foto: Delil Souleiman / AFP
Pessoas que fugiram do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz chegam ao ponto de verificação coordenado pelas Forças Democráticas da Sírias, apoiadas pelos EUA, em 6 de março de 2019. Foto: Delil Souleiman / AFP
Pessoas que fugiram do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz chegam ao ponto de verificação coordenado pelas Forças Democráticas da Sírias, apoiadas pelos EUA, em 6 de março de 2019. Foto: Delil Souleiman / AFP
Homens suspeitos de serem combatentes do Estado Islâmico caminham juntos para um ponto de verificação para recém-chegados coordenado pelas Forças Democráticas da Síria na região de Baghouz, em 5 de março. Foto: Delil Souleiman / AFP
Centenas de civis que fugiram do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz aguardam no ponto de verificação para recém-chegados, coordenado pelas Forças Democráticas da Síria, em 5 de março de 2019. Foto: Delil Souleiman / AFP
Centenas de civis que fugiram do último reduto do Estado Islâmico em Baghouz aguardam no ponto de verificação para recém-chegados, coordenado pelas Forças Democráticas da Síria, em 5 de março de 2019. Foto: Delil Souleiman / AFP

Mas assim que as armas se acalmarem e a batalha terminar, o desafio à frente será, em muitos aspectos, mais complicado. O Estado Islâmico já se adaptou à sua perda de território, voltando às suas raízes insurgentes no Iraque e semeando células adormecidas através do leste da Síria. Nesta parte do país, as perspectivas de estabilidade dependem de uma série de fatores, incluindo como a retirada militar dos EUA vai mudar a situação e se as FDS vão firmar um acordo com o governo do ditador sírio, Bashar al-Assad, em troca de algum tipo de proteção.

Quando a poeira baixar em Baghouz, outras questões poderão ser respondidas. O destino de centenas de prisioneiros – entre eles reféns ocidentais – permanece desconhecido. Há também a questão do sumiço das lideranças do Estado Islâmico. As forças armadas ocidentais suspeitam que o chamado califa do grupo, Abu Bakr al-Baghdadi, tenha entrado no Iraque. Ele não transmitiu nenhuma mensagem aos seus quadros no estágio final de sua batalha.