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Conflito

“A Venezuela não é a Ucrânia”, afirma Maduro, convocando seus partidários

Cortejo fúnebre de Juan “Juancho” Montoya, uma das três pessoas que morreram nos protestos, passa por imagens de Hugo Chávez e Nicolás Maduro | Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Cortejo fúnebre de Juan “Juancho” Montoya, uma das três pessoas que morreram nos protestos, passa por imagens de Hugo Chávez e Nicolás Maduro (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela |

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Nicolás Maduro, presidente da Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou ontem uma nova marcha "pela paz e contra o fascismo" que deve ir às ruas hoje. Diante das tensões, como os protestos de quarta-feira que deixaram três mortos, ele disse que seu país "não é a Ucrânia" ao se referir a um suposto plano para derrubar seu governo.

"Está sendo convocada uma grande marcha para todas as forças sociais e políticas da revolução bolivariana pela paz e contra o fascismo, portanto, eu me junto à convocação, no sábado todo o povo de Caracas, vamos fazer a passeata contra o fascismo, contra a violência, contra o golpismo", disse Maduro.

O presidente fez essas declarações durante uma reunião com seu gabinete ministerial que foi transmitida em rede nacional obrigatória de rádio e televisão, na qual afirmou que os incidentes de violência de quinta-feira fazem parte de um plano de um grupo de oposição e o responsabilizou pelas mortes e pelos mais de 60 feridos.

Maduro comparou esse suposto plano – que, segundo ele, tem como fim derrubá-lo – com os incidentes violentos na Ucrânia e que terminaram com a renúncia do premiê Mikola Azarov, o que ele garantiu que não vai acontecer na Venezuela.

"Na Ucrânia aconteceram eventos muito graves, a Venezuela não é a Ucrânia, nosso povo é outro povo, nossas Forças Armadas são outras Forças Armadas, a história é outra, aqui estamos fazendo uma revolução, com todo o respeito que temos pelo povo e pelo governo da Ucrânia", disse.

Maduro afirmou que "por trás dos movimentos ucranianos estão os mesmos grupos que financiam e treinam essa gente", que querem tirá-lo do governo, "organizações americanas que vivem de sua política imperialista de se infiltrar e controlar o mundo".

UE e EUA pedem diálogo pacífico e liberdade

A Alta Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Catherine Ashton, expressou hoje sua preocupação pela situação da Venezuela e pediu às partes que desenvolvam um "diálogo pacífico".

Liberdade

Ashton ressaltou que a "liberdade de expressão e o direito à participação em manifestações pacíficas são essenciais", segundo indicou seu porta-voz mediante um comunicado.

O Departamento de Es­­tado dos EUA realizou pedido semelhante, para que respeite as liberdades de reunião e expressão.

Esperança

"Esperamos que as partes evitem a violência e resolvam suas diferenças através do diálogo. Pedimos ao governo da Venezuela que respeite os direitos humanos de seu povo", afirmou um funcionário não identificado.

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