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Reconhecimento

A vez da diversidade no Nobel

Curitiba – Três categorias do Nobel de 2006 serão anunciadas nesta semana – Economia, amanhã; Literatura, na quinta-feira; e Paz, na sexta. É a oportunidade de que algum prêmio possa chegar às mãos dos que não nasceram nem se radicaram nos Estados Unidos.

As categorias anunciadas ao longo da semana passada – Química, Física e Medicina – tiveram um ponto em comum: cinco vencedores norte-americanos (veja quadro). Longe de ser exceção, o fato comprova que quantidade, nesse caso, leva à qualidade. São numerosos e prósperos os centros de pesquisa mantidos nos Estados Unidos. Mesmo gênios nascidos em outras partes do planeta acabam sendo atraídos pelas universidades de lá. Com tantas mentes dedicadas à pesquisa, a chance de que surjam projetos dignos de reconhecimento aumenta.

Sempre eles

Para ficar apenas neste século, basta dizer que, de 2001 para cá, os Estados Unidos não ficaram fora em nenhuma das categorias exatas, embora tenham compartilhado alguns prêmios – no ano passado, por exemplo, o francês Yves Chauvin dividiu o Nobel de Química com dois americanos.

Em Economia, a onipresença norte-americana persiste. Restam aos demais cidadãos do globo as duas categorias mais democráticas do Nobel: Paz e Literatura. Também aí residem as esperanças femininas. O prêmio da paz, que no ano passado foi compartilhado pela Agência Internacional de Energia Atômica e por seu diretor, Mohammad El Baradei, foi conquistado por duas mulheres neste século – a advogada iraniana Shirin Ebadim (2003) e a ativista humanitária queniana, Wangari Maathai (2004).Cotados

Para este ano são apontados como favoritos o ex-presidente finlandês Martii Ahtisaari; o presidente da Indonésia, Susilo Bambang; o líder espiritual indiano Ravi Shankar e o eterno candidato Bono Vox, vocalista da banda U2 que não perde a chance de abraçar causas de grande apelo social por nada deste mundo. É bem verdade que há, também nessa categoria, um favorito norte-americano. É Colin Powel, o ex-secretário de Estado que ousou romper com o governo de George W. Bush, sendo substituído por Condoleezza Rice.

Na literatura a diversidade também prevalece. De 2001 para cá os prêmios foram concedidos a um escritor britânico de origem indiana (V. S. Naipul); um húngaro (Imre Kertész); um sul-africano (John Coetzee); uma austríaca (Elfriede Jelinek) e um britânico (Harold Pinter). Até mesmo um lusófono já mereceu a honraria – o português José Saramago, em 1998. O escritor peruano Mario Vargas Llosa está entre os cotados para este ano, assim como o israelense Amos Oz e a argelina Assia Djebar. É chegada a hora da diversidade no Nobel.

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