O presidente palestino, Mahmoud Abbas, advertiu na terça-feira que pode haver uma "explosão de ódio" entre os palestinos se os doadores internacionais não agirem rapidamente a fim de restabelecer a ajuda suspensa semanas atrás.

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Os doadores da comunidade internacional, entre os quais a União Européia (UE) e os Estados Unidos, suspenderam o envio da ajuda para a Autoridade Palestina porque o Hamas, que lidera o governo palestino desde março, nega-se a renunciar à violência e a reconhecer o direito de Israel de existir.

A UE, o maior doador dos palestinos, foi encarregada de elaborar um plano de envio de ajuda à região sem que o dinheiro passe pela mão das autoridades do Hamas. Mas o bloco europeu reconhece que semanas podem transcorrer antes de um novo mecanismo ser colocado em funcionamento.

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- A vida ficará congelada e haverá uma explosão de raiva. Isso pode levar a uma situação caótica cujas consequências são imprevisíveis - disse Abbas em uma entrevista coletiva depois de discursar diante do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.

- Gostaria de ver esse mecanismo adotado o mais rápido possível a fim de que a crise não aconteça - acrescentou. - Estamos esperando, mas temos esperanças de que não precisaremos esperar muito tempo. Estamos em uma corrida contra o tempo e, por isso, precisamos ser céleres nos passos que adotamos a fim de evitar essa catástrofe.

Ministros das Relações Exteriores de países-membros da UE prometeram na segunda-feira colocar em funcionamento, o mais cedo possível, o mecanismo de ajuda, mas disseram que o apoio israelense era crucial no processo e que os EUA acenavam com ficar de fora do processo.

Os ministros reconheceram estar preocupados com a deterioração das condições humanitárias e econômicas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada depois da suspensão da ajuda norte-americana e européia.

A comissária de Assuntos Externos da UE, Benita Ferrero-Waldner, afirmou ter esperanças de que o mecanismo de ajuda proposto na semana passada pelo Quarteto de mediadores do Oriente Médio esteja em funcionamento até junho. Mas reconheceu que ainda há vários obstáculos técnicos a serem superados.

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