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Ramallah – O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, deu ao governo do Hamas mais 48 horas para aceitar um manifesto que implicitamente reconhece a existência de Israel. Do contrário, Abbas pretende convocar um referendo sobre o tema. O novo prazo, segundo autoridades, foi concedido por pressão de líderes árabes.

O grupo islâmico Hamas vive uma disputa de poder com Abbas, da facção Fatah, desde que venceu as eleições de janeiro nos territórios palestinos. O novo governo rejeita o documento, redigido por prisioneiros palestinos em Israel.

As pesquisas sugerem, porém, que a maioria da população palestina defende esse manifesto. Por isso, ao convocar o referendo Abbas estará também colocando o governo do Hamas sob um voto de confiança.

O documento propõe a criação de um Estado palestino nos limites anteriores à guerra de 1967 – ou seja, na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. "Abbas irá assinar o decreto para a realização do referendo em 48 horas", disse seu porta-voz, Nabil Abu Rdainah.

Apesar do fracasso nas conversações da noite de segunda-feira, Abbas e o primeiro-ministro Ismail Haniyeh, do Hamas, deixaram a porta aberta para um futuro diálogo. "Exigimos mais reuniões e mais diálogo, e não devemos começar a usar o tempo como ameaça", disse Haniyeh a seus ministros numa reunião.

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