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Oriente Médio

Abbas insiste em marcar eleição palestina em janeiro

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse neste sábado (24) que estava seguindo adiante com os preparativos para as eleições de janeiro, mas que ainda tinha esperança de se reconciliar com seus rivais do Hamas.

Abbas, de 74 anos, anunciou novas eleições na sexta-feira, depois que o Egito fracassou nos esforços de reconciliar sua facção Fatah, que governa a Cisjordânia, com o grupo islâmico palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

O Hamas rejeitou o anúncio e deu a entender que poderia fazer sua própria eleição na Faixa de Gaza, uma medida que poderia criar dois presidentes, dois parlamentos e dois primeiros-ministros em dois territórios palestinos separados.

Falando em uma reunião do Conselho Central Palestino na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, Abbas disse que seguiria com a data marcada para a eleição em 24 de janeiro. Os palestinos foram às urnas pela última vez em 2006, quando o Hamas derrotou o Fatah.

"Essa é a lei, temos que cumpri-la. Continuamos com o prazo constitucional. (Ao mesmo tempo), continuamos com os esforços de reconciliação," disse Abbas.

Ele acrescentou que as eleições presidenciais e parlamentares poderiam ser adiadas até junho, como foi proposto pelo Egito, se as facções chegassem a um acordo. Mas a furiosa reação do Hamas era um mau presságio.

O porta-voz do Hamas em Gaza, Fawzi Barhoum, disse que o discurso de Abbas estava "cheio de mentiras, decepções e contradições."

"Ele tentou virar a opinião pública contra o Hamas," disse.

Abbas não tem um sucessor claro e deve liderar seu partido na campanha, buscando a reeleição. Ele rejeitou as acusações de que o decreto eleitoral era uma manobra política para reforçar sua autoridade.

O Hamas disse que não permitirá a realização de eleições na Faixa de Gaza sem um acordo com o Fatah.

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