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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, disse nesta quinta-feira que ele não quer concorrer a mais um mandato nas eleições de janeiro, culpando Israel e os Estados Unidos pelo impasse nas negociações do processo de paz.

Em um discurso televisionado aos palestinos, Abbas disse que falou aos seus "irmãos" do movimento Fatah do seu "desejo de não concorrer nas próximas eleições". Mas as cuidadosas declarações de Abbas deixaram espaço para a possibilidade dele mudar de ideia, especialmente se perceber que os EUA estão apoiando sua posição de exigir um fim à construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia.

A decisão de Abbas, reportada mais cedo por seus assessores, levou a uma enxurrada de telefonemas de líderes regionais, com os presidentes do Egito e de Israel, o rei da Jordânia e o ministro da Defesa de Israel todos pedindo a Abbas que mude de ideia.

Cerca de 500.000 israelenses vivem atualmente na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ambas capturadas por Israel em 1967 na Guerra dos Seis Dias. Os palestinos argumentam que os assentamentos tomam largas faixas de terras que eles esperam integrem seu futuro Estado, minando o sonho da independência.

Abbas já ameaçava não tentar se reeleger no sufrágio de 24 de janeiro.

No final do mês passado, ele disse à secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que não concorreria, mas retrocedeu após o presidente dos EUA, Barack Obama, telefonar ao presidente palestino e expressar seu compromisso com o processo de paz, disseram assessores de Abbas.

Mesmo com a decisão de Abbas, não está claro se as eleições palestinas ocorrerão. O governo da ANP não controla a Faixa de Gaza, tomada pelo grupo islâmico Hamas em junho de 2007. O Hamas já declarou que não participará das eleições.

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