O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse no sábado (28) que "não há bases comuns" para as conversas de paz com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e que buscar o reconhecimento de um Estado palestino pela ONU é a única opção.

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Em declaração durante uma reunião da Liga Árabe, em Doha, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, mostrou preocupação de que dar um passo diplomático em oposição aos EUA e Israel possa resultar em sanções financeiras e pressionou os Estados árabes para que preencham qualquer lacuna.

Apesar de deixar espaço para um acordo, dizendo que a retomada das negociações de paz nos termos aceitos pelos palestinos evitaria o passo em direção à ONU, os comentários de Abbas foram alguns dos mais frios até então sobre a probabilidade de mais negociações.

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Abbas falou na reunião do comitê do processo de paz da Liga Árabe, convocada depois dos discursos feitos em Washington, pelo presidente dos EUA, Barack Obama, e do primeiro-ministro israelense, Benjamin Natanyahu, sobre a política para o Oriente Médio.

A liderança palestina disse que as ideias de Netanyahu para a paz com os palestinos, descritas em um discurso ao Congresso dos EUA na terça-feira, colocaram mais obstáculos no caminho de um já moribundo processo de paz.

"Vemos, pelas condições que Netanyahu estabeleceu que não há bases comuns... para as negociações. Nossa opção fundamental é de ir à ONU", disse Abbas, em seu discurso de abertura.

"Isso não é nenhum segredo, já dissemos isso aos norte-americanos, europeus e israelenses, nossa única opção procurar as Nações Unidas", disse.

Ele expressou medo de que esse passo levasse alguns Estados a "tentar impor um cerco sobre nós", embora não tenha dito a que governos ele estava se referindo. "Esperamos que haja uma rede de segurança dos estados árabes", disse.

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