Jerusalém O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, prometeu ontem aos palestinos que "muitos temas que afetam sua vida diária serão resolvidos" em breve, por causa da reunião que teve na segunda-feira em Jericó com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.
Em declarações à rádio Voz da Palestina, Abbas explicou que pediu a Olmert que solte mais presos palestinos após a libertação de 250 no último dia 20 , mas que o israelense não quis assumir o compromisso por enquanto. "Avaliaremos os resultados após mais duas reuniões", disse o presidente palestino.
Em março, durante uma visita à região feita pela secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, ambos os dirigentes concordaram em se reunir a cada 15 dias, algo que não cumpriram.
Na segunda-feira, Abbas e Olmert tiveram a primeira reunião em território palestino e decidiram "ampliar o alcance das negociações mútuas para aumentar o entendimento e formular um marco legal que permita avançar rumo ao estabelecimento de um Estado palestino o mais rápido possível", nas palavras do israelense.
Na reunião se abordaram os "assuntos fundamentais que são a base para o estabelecimento de um Estado palestino", assinalou o primeiro-ministro israelense à imprensa.
Foi "o primeiro encontro no qual foram tratados os temas básicos para estabelecer um Estado palestino", disse, por sua parte, o chefe negociador palestino e assessor de Abbas, Saeb Erekat, em entrevista coletiva na Muqata (sede da Presidência da Autoridade Palestina) na cidade de Ramalah, na Cisjordânia.
Ambos concordaram que o Mapa de Caminho o plano de paz apresentado em 2003 pelo Quarteto de Madri (Nações Unidas, Estados Unidos, União Européia e Rússia) deve ser a base das negociações, porque, disse Olmert, "é aceitável para as duas partes".
"Agora necessitamos de ações e prazos concretos. Nosso povo quer ver resultados", disse Erekat.