O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe se pronuncia em coletiva de imprensa em Tóquio| Foto: EFE/Kimimasa Mayama

Shinzo Abe foi reeleito primeiro-ministro do Japão nesta quarta-feira após uma votação no Parlamento do país. Ele recebeu 328 votos dos 475 possíveis na Câmara dos Deputados e 135, dos 242 senadores, votaram pela reeleição do primeiro-ministro. A expectativa é que Abe reconduza todos os integrantes de seu gabinete, com a exceção do ministro da Defesa, Akinori Eto. O provável indicado para o cargo é Gen Nakatani, de perfil mais conservador.

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O desafio imediato de Abe, no entanto, está na retomada do crescimento do país, após dois trimestres consecutivos de retração. Ele afirmou que reaquecer a terceira maior economia mundial é sua principal prioridade. A declaração foi dada após a coalizão liderada por seu partido assegurar mais de dois terços na Câmara dos Deputados, nas eleições de 14 de dezembro último.

Entre os primeiros passos que deve tomar após ser reconduzido ao cargo, está a compilação de um pacote de estímulos ainda nesta semana. Também é esperada a redução do imposto sobre empresas para menos de 30% nos próximos anos ante os cerca de 35% atuais. Em outra ponta, Abe pressiona empresários a aumentar os salários.

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A vitória desta quarta-feira dá ao primeiro-ministro reeleito até mais quatro anos no cargo, fazendo de Abe um dos políticos japoneses mais poderosos dos últimos anos. Sob seu comando, o Banco do Japão (BoJ), o banco central japonês, promoveu dois ciclos de flexibilização da política monetária, levando o iene às mínimas em sete anos e impulsionando os preços de ações. O efeito é positivo para grandes corporações, mas afeta negócios de portes menores e consumidores devido ao aumento do custo de bens importados.