Montreal (Reuters) Uma conferência global da Organização das Nações Unidas (ONU) tenta atrair os Estados Unidos e os países em desenvolvimento para a luta contra o aquecimento global a partir de 2012, quando expira a validade do Protocolo de Kyoto. Cerca de 10 mil delegados de 189 governos, de entidades ambientais e de empresas participam da reunião, aberta ontem em Montreal, no Canadá. O encontro, que vai até 9 de dezembro, foi organizado com o objetivo de apontar alternativas para depois do pacto de Kyoto. "Não temos escolha senão agir", disse o ministro canadense do Meio Ambiente do Canadá, Stephane Dion, na abertura da reunião. "O aquecimento global é a pior ameaça que o mundo enfrenta da perspectiva ambiental. Coloca em risco nossa relação com o planeta", afirmou ele.
Cientistas prevêem que o aquecimento global provocará mais furacões, secas e inundações e elevará o nível dos mares em quase um metro até 2100. Apesar disso, os países estão profundamente divididos sobre o que fazer. Os EUA estão fora do Protocolo de Kyoto porque consideram que o pacto deveria impor metas também para os países em desenvolvimento. O presidente dos EUA, George W. Bush, também acha que a aplicação do protocolo eliminaria postos de trabalho em seu país e sugere que, em vez de metas, se priorize a pesquisa de fontes de energia mais limpas.
Bush prioriza novas tecnologias energéticas em vez das reduções previstas no acordo da ONU. Mas muitos países consideram necessária uma ação mais incisiva, inclusive com a adesão de países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia, nas reduções de emissões.
A poluição por dióxido de carbono, emitido por fábricas, usinas termoelétricas e carros, é a principal responsável pelo aquecimento. "Achamos que devemos chegar a um acordo sobre o que virá depois de Kyoto até 2008", disse Jennifer Morgan, especialista em clima da entidade ambiental WWF. Já representantes de governos acham que nenhum prazo deve sair deste encontro.
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