George Zimmerman, o guarda voluntário que matou a tiros um adolescente negro desarmado, em fevereiro de 2012, é um homem livre após o julgamento, encerrado na noite de sábado. Porém, o Departamento de Justiça informou que analisa a morte de Trayvon Martin para concluir se a promotoria federal vai abrir acusações criminais relacionadas a direitos civis contra Zimmerman.
O presidente Barack Obama e várias celebridades expressaram tristeza com o veredicto, que provocou protestos, em sua maioria pacíficos, em todo o país. Centenas de pessoas se reuniram no domingo na Times Square, em Nova York, e em Los Angeles. Algumas gritavam "Justiça para Trayvon Martin!".
A polícia de Los Angeles disse que começou a deter pessoas na manhã de ontem, depois que cerca de 80 manifestantes se reuniram na Sunset Boulevard e o ato foi declarado ilegal.
Mais de 100 policiais com vestimentas especiais ordenaram ao grupo que se dispersasse. Segundo o jornal The Los Angeles Times, as autoridades prenderam ao menos sete pessoas.
Em Oakland, na Califórnia, a polícia entrou em confronto com um grupo de pessoas num cruzamento no centro da cidade, depois que algumas delas começaram a quebrar janelas e a pintar paredes com tinta spray, informou o jornal Oakland Tribune.
A morte de Martin atraiu atenção nacional porque, após semanas do assassinato do jovem, Zimmerman ainda não tinha sido detido. O caso ainda levanta questões sobre racismo e sobre as leis que regram o uso de armas de fogo.
Na noite de sábado, o júri concluiu que Zimmerman, de 29 anos, era inocente da acusação de assassinato em segundo grau e não o condenou por homicídio culposo. Zimmerman disse que atirou contra o jovem de 17 anos em legítima defesa em um confronto ocorrido durante a noite. Martin estava no local porque visitava familiares.
O Departamento de Justiça abriu uma investigação sobre a morte de Martin no ano passado, mas se afastou do caso para permitir que a procuradoria do Estado continuasse seu inquérito.
Em comunicado divulgado no domingo, o Departamento de Justiça disse que a sessão criminal de sua divisão de direitos civis, o FBI e o escritório local da promotoria federal continuam a avaliar as provas.
O departamento tem um longo histórico de usar leis federais de direitos civis para tentar condenar réus que tenham sido absolvidos em tribunais estaduais. Mas nunca é fácil conseguir uma condenação em casos como esse.
A morte de Trayvon Martin atraiu atenção nacional nos EUA porque após semanas do assassinato do jovem, o acusado ainda não havia sido detido. O caso ainda levanta questões sobre racismo e leis sobre uso de armas.