O balneário de Acapulco, que entre os anos 40 e 60 viveu um boom com a presença de estrelas de Hollywood como Jhonny Weissmuller, o lendário "Tarzan", perdeu há anos o glamour e a paz que o tornaram um lugar paradisíaco.
Para resgatar Acapulco o novo Governo estadual, que assumiu o poder em abril, lançou uma empreitada representada por Graciela Baez, secretária de Turismo de Guerrero, estado ao qual pertence Acapulco.
Esta economista, ex-funcionária do Governo da Cidade do México, tem quatro anos para vencer resistências, limpar a imagem do balneário, reanimar o turismo nacional e internacional, abrir novas rotas áreas para os Estados Unidos e Canadá, e, embora não seja sua responsabilidade, garantir a segurança dos turistas.
Uma epopeia em tempos de violência do crime organizado, da qual Acapulco foi palco e embora nenhum turista tenha sido afetado, puderam presenciar cenas de horror.
Graciela deu os primeiros passos para limpar os 13 quilômetros de praias que foram invadidos por centenas de vendedores ambulantes, tendo alguns de seus acessos obstruídos ou sem sinalização.
Nem toda Acapulco está assim, ainda há zonas exclusivas de grandes hotéis, clubes e marinas, mas a imagem da praia mais próxima da Cidade do México, uma das maiores capitais do mundo, contrasta com aquela que lhe deu fama e o apelido de "balneário paradisíaco".
Hoje a porcentagem de visitantes é de 90% mexicanos e 10% estrangeiros, entre eles turistas americanos que aproveitam as férias da Semana Santa.
Baez disse em entrevista à Agência Efe que seu trabalho é promover a imagem de Guerrero, um estado que vive do turismo. Cerca de 70% do seu PIB provém deste setor e Acapulco é sua principal fonte de renda.
Neste panorama, vê uma oportunidade para mudar a "cara de Acapulco", aonde chegam todo ano 5 milhões de turistas, um número que estagnou por diversas razões, mas que dada a beleza permanente de suas praias, pode voltar a crescer.
Um fator fundamental para afugentar a insegurança é criar trabalhos em Guerrero e Acapulco, onde o turismo é vital, pois se trata de um estado que vive dessa atividade.
Outro projeto que já começou, é a construção de um túnel de 3 quilômetros de comprimento e que unirá a Acapulco tradicional com a da "zona dourada".
Baez considera que o desafio é romper a resistência de vendedores ambulantes, pescadores, empresários e funcionários para participar desta mudança a fim de recuperar o brilho deste balneário cujo nome é uma marca internacional, o que explica em parte a persistência de milhões de turistas que, apesar de todos os problemas, continuam visitando a região.
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