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Negociações

Acerto para reforma financeira é recusado no Senado dos EUA

Negociações para uma reforma financeira continuaram no domingo (28) com o novo foco agora centrado na proteção ao consumidor depois que importantes republicanos rejeitaram uma oferta de compromisso por parte do presidente do comitê dos bancos.

Fontes disseram à Reuters que no sábado à noite nem democratas nem republicanos apoiaram uma oferta do senador democrata Christopher Dodd de diminuir o tamanho da Agência de Proteção ao Consumidor Financeiro (APCF), proposta pelo governo de Barack Obama.

A idéia da agência continua a ser um obstáculo a um acordo bipartidário para aumentar a fiscalização dos bancos e dos mercados de capitais, uma das principais prioridades domésticas do governo Obama.

Dodd havia circulado uma proposta de transformar a APCF numa divisão do Departamento do Tesouro em vez de ser uma agência independente, como o presidente Obama recomendou em meados de 2009, o que recebeu o apoio da Câmara dos Deputados.

Mas numa derrota para Dodd, sua oferta foi rejeitada pelo principal republicano do comitê dos bancos, senador Richard Shelby, e pelo também republicano Bob Corker.

Fontes dizem que Shelby e Corker se recusaram a dar o poder de estabelecer regras que Dodd daria à divisão de proteção ao consumidor, ainda que não se oponham necessariamente à idéia da divisão fazer parte do Departamento do Tesouro ou de outra agência federal.

No lado contrário, muitos democratas ainda estão incertos em relação à idéia de uma APCF independente, dizem lobistas e assessores com conhecimento das negociações.

"Do nosso ponto de vista, a linguagem vai mudar significativamente antes que a proposta de lei avance para uma votação no Senado", disse Jaret Seiberg, analista de política de serviços financeiros da firma de assessoria de investimentos Concept Capital.

Os obstáculos no Senado indicam que a nova legislação, que muitos ainda esperam que Dodd apresente na semana que vem, será mais estreita que a proposta de Obama e que uma proposta de lei aprovada pela Câmara.

Entre as propostas que podem deixar o pacote incluem-se regras sobre derivativos assim como propostas que dão a acionistas mais poder sobre a eleição de conselheiros e sobre o pagamento de executivos.

Uma das propostas mais ousadas de Dodd, de consolidar as várias agências que fiscalizam o setor bancário em uma única agência, provavelmente não chegará à versão final da lei, disseram fontes a par do assunto.

A proposta deve sofrer mais mudanças no Senado antes da votação. Especialmente se ela não abordar apropriadamente a questão dos bancos que são "grandes demais para falirem".

O Congresso tem apenas cerca de 23 semanas para passar a lei do Comitê de Bancos para o Senado, votar e devolver a lei para a Câmara, onde ela será novamente votada antes de ser enviada para sanção presidencial.

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