Cientistas encontraram o fóssil de um réptil com aspecto de peixe em um cemitério jurássico de 150 milhões de anos numa ilha norueguesa do Ártico. Os pesquisadores noruegueses encontraram os restos de 28 plesiossauros e ictiossauros - que eram os principais predadores marinhos na época em que os dinossauros dominavam a terra - num sítio arqueológico na ilha de Spitsbergen, a cerca de 1.300 quilômetros do Pólo Norte.

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- Um deles era um monstro gigante, com vértebras do tamanho de pratos e dentes do tamanho de pepinos - disse Joern Hurum, professor-assistente da Universidade de Oslo, nesta quinta-feira à Reuters. - Acreditamos que o esqueleto esteja intacto e tenha cerca de 10 metros de comprimento - afirmou ele, referindo-se ao pliossauro, um tipo de plesiossauro com pescoço curto e crânio enorme que foi apelidado de "O Monstro'.'

Já haviam sido encontrados restos de pliossauros em vários lugares, da Grã-Bretanha à Argentina, mas os arqueólogos nunca tinham visto um esqueleto inteiro. O crânio do pliossauro - talvez um parente distante do mítico monstro do lago Ness escocês - está entre os maiores já registrados.

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Os cientistas vão voltar ao sítio arqueológico em 2007 para tentar escavar todo o fóssil, enterrado em uma escarpa.

Os plesiossauros, que nadavam com dois conjuntos de nadadeiras, costumavam caçar ictiossauros menores, semelhantes a golfinhos. Todos eles desapareceram junto com os dinossauros, há 65 milhões de anos.

Os cientistas consideram o cemitério da ilha de Spitsbergen ''um dos novos sítios de répteis marinhos mais importantes já descobertos nas últimas décadas''.

- É raro encontrar tantos fósseis no mesmo lugar - carcaças são alimento para outros animais e normalmente se esfacelam - disse Hurum.Concepção artística de monstro marinho pré-histórico - Foto: Reuters

Ele explicou que os répteis não morreram todos ao mesmo tempo em algum cataclismo do período jurássico, mas ao longo de vários milênios. Eles ficaram preservados no que parece ser uma camada profunda de lama negra no leito marinho. Naquela época, a ilha de Spitsbergen estava embaixo d'água a centenas de quilômetros ao sul, na latitude atual de Oslo.

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Hurum disse que a presença dos fósseis também é um importante indicador para os geólogos que procuram petróleo e gás no mar de Barents, a leste dali.

- Um crânio que encontramos até tem cheiro de petróleo - afirmou.