O número de vítimas do pior acidente da mineração nos últimos anos na Rússia subiu para 36 neste domingo, após a morte de seis socorristas em uma segunda explosão, e a decisão de dar como mortos 26 mineradores desaparecidos na última quinta-feira.
Naquele dia, quatro trabalhadores morreram e 26 ficaram presos após uma explosão de gás metano em uma mina do nordeste da Rússia, situada sobre o Círculo Polar.
“Segundo o conselho de especialistas, as 26 pessoas soterradas não teriam nenhuma chance de sobreviver”, indicouTatiana Bushkova, porta-voz da Vorkutaugol, empresa que explora a mina. “A operação de resgate foi suspensa.”
O anúncio foi feito depois que seis pessoas - cinco socorristas e um minerador - morreram neste domingo em uma nova explosão, durante a operação de resgate.
A mina fica mais de 100 km ao norte do Círculo Polar, em Vorkuta, na república de Komis.
“Infelizmente, temos que reconhecer que as condições nesta seção da mina não permitem que ninguém sobreviva”, disse à rede Life News o ministro de Situações de Emergência, Vladimir Puchkov.
Segundo Tatiana Bushkova, a mina ainda está em chamas, e a empresa analisa a estratégia a ser tomada para apagar o fogo.
Das 77 pessoas que participavam do resgate no momento da explosão, 71 sobreviveram, mas há 11 feridos.
“Segundo especialistas, há um alto risco de novas explosões”, alertou o ministro. Autoridades declararam três dias de luto na região.
O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a criação de uma comissão especial para determinar as causas do acidente, e foi aberta uma investigação penal para esclarecer se houve violação das normas de segurança.
Acidentes são comuns na Rússia e em outras ex-repúblicas soviéticas, onde as instalações não foram modernizadas desde a queda do comunismo.
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