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Acionistas do Twitter aprovaram nesta terça-feira (13) a compra da plataforma de mídia social pelo bilionário Elon Musk por US$ 44 bilhões, processo no qual o empresário voltou atrás e que foi parar na Justiça dos Estados Unidos. Segundo comunicado da empresa, 98,6% dos votos foram pela concretização do negócio.
“O Twitter está pronto e disposto a concluir a fusão com as afiliadas do senhor Musk imediatamente, e em qualquer circunstância, o mais tardar em 15 de setembro de 2022, o segundo dia útil após o cumprimento de todas as condições precedentes, que é o cronograma exigido pelo acordo de fusão”, informou a plataforma.
Em julho, Musk notificou o Twitter de que estava desistindo da compra porque a empresa não teria fornecido informações comerciais que ele solicitou.
O empresário queria provas das alegações da plataforma de mídia social de que menos de 5% de seus usuários ativos diários são contas falsas ou de spam. Dias depois, o Twitter entrou na Justiça para forçar o bilionário a concretizar o negócio. O julgamento do caso, que será no estado americano de Delaware, foi marcado para outubro.
Recentemente, Musk enviou outro comunicado ao Twitter para rescindir o acordo, alegando que uma suposta indenização de US$ 7,75 milhões paga ao ex-chefe de segurança Peiter Zatko violou uma cláusula do contrato de aquisição.
Nesta terça-feira, Zatko prestou depoimento ao Senado americano, onde alegou que o Twitter tem sérias vulnerabilidades de segurança e privacidade, incluindo a presença de agentes de inteligência estrangeiros no seu quadro de funcionários.
Zatko argumentou que havia “pelo menos um agente” do serviço de inteligência da China na folha de pagamento do Twitter e que a empresa permitiu deliberadamente que agentes da Índia integrassem o quadro de funcionários da plataforma.
A empresa negou as acusações, disse tomar medidas rígidas para proteger a segurança e privacidade dos seus usuários e alegou que seu processo de contratações é “independente de qualquer influência estrangeira”.