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crise migratória

Ações de busca reduzem mortes no Mediterrâneo

Imigrantes na Itália: pedidos de asilo aumentaram 68% nos cinco primeiros meses deste ano. | Antonio Parrinello/Reuters
Imigrantes na Itália: pedidos de asilo aumentaram 68% nos cinco primeiros meses deste ano. (Foto: Antonio Parrinello/Reuters)

Apesar de o número de pessoas em busca de refúgio na Europa neste primeiro semestre ter aumentado em relação ao mesmo período do ano passado, as mortes durante travessias no mar Mediterrâneo foram reduzidas drasticamente nos dois últimos meses. Nos primeiros quatro meses deste ano, antes de medidas de emergência entrarem em vigor, uma em cada 16 pessoas que tentavam a travessia morreu, número que caiu para uma em cada 427.

Menos de cem pessoas perderam a vida cruzando o Mediterrâneo desde maio, quando a União Europeia (UE) intensificou ações de busca e salvamento — uma situação bem diferente de abril, quando 1,2 mil pessoas morreram, antes do aporte de recursos para auxiliar no patrulhamento na costa italiana. Segundo a Anistia Internacional, a redução é fruto da Operação Triton, ação de busca e salvamento gerida pela Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas (Frontex).

No fim de abril, o Conselho Europeu decidiu triplicar o financiamento para operações no Mediterrâneo. Estados membros da UE se comprometeram a fornecer outras embarcações e aeronaves para ajudar a evitar novas tragédias no mar. O Reino Unido, por exemplo, enviou três navios.

Pedidos de asilo

O número de pessoas em busca de proteção internacional na UE aumentou 68% nos cinco primeiros meses de 2015 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a organização. Em 2014 foram feitos 60 mil pedidos de asilo. As guerras na África e no Oriente Médio aumentaram o fluxo de pessoas que buscam refúgio. Alemanha e França anunciaram que vão receber quase um terço do total de 60 mil imigrantes aos quais a UE prevê conceder asilo.

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