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Ofensiva dos EUA

Ações na Síria sem aval da ONU seriam agressões, diz Rússia

A luta contra militantes islâmicos na Síria e no Iraque só deve ser realizada conforme o direito internacional e respeitando a integridade territorial desses países, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia nesta quinta-feira (11).

Na quarta (10), o presidente americano fez um discurso e disse que não hesitará em atacar a milícia Estado Islâmico (EI) na Síria, assim como já tem feito no Iraque.

"É essencial combater este mal em conformidade com as práticas do direito internacional e com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e da ONU em geral, além respeitar a integridade territorial da Síria e do Iraque", disse o porta-voz do ministério, Alexander Lukashevich, em entrevista coletiva.

Lukashevich disse ainda que ataques aéreos na Síria sem um mandato do Conselho de Segurança da ONU seriam um ato de agressão.

Durante a guerra civil da Síria, iniciada em 2011, a Rússia e a China, como membros do Conselho de Segurança, vetaram possíveis intervenções no país. Os dois países apoiam o regime de Bashar al-Assad.

Já os países ocidentais apoiam os rebeldes moderados que querem o fim do governo de Assad.

Foi no contexto da guerra civil na Síria que surgiram grupos extremistas como o Estado Islâmico, que hoje também controla partes do Iraque.

"O presidente dos Estados Unidos falou diretamente sobre a possibilidade de ataques por parte das forças armadas americanas contra posições do EI na Síria sem o consentimento do governo legítimo", disse Lukashevich.

"Essa medida, na ausência de uma decisão do Conselho de Segurança da ONU, seria um ato de agressão, uma grave violação do direito internacional".

União de forças

O regime de Assad se mostrou disposto a cooperar com o Ocidente na luta contra o EI, mas disse que ações militares internacionais em seu território devem ser coordenadas com as ações do governo.

No entanto, os países ocidentais se recusam a unir forças com Assad, como fizeram no Iraque.

Desde agosto, os EUA bombardeiam o EI no Iraque em coordenação com o governo iraquiano e tropas curdas

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