A Chancelaria brasileira saudou ontem a assinatura do acordo entre o presidente de Honduras, Porfírio Lobo, e seu antecessor deposto, Manuel Zelaya, que abre caminho para a volta do país à Organização dos Estados Americanos (OEA).
"É um acordo que atende a todas as condições que o Brasil e outros países estabeleceram, disse à reportagem o porta-voz do Itamaraty, Tovar Nunes, elogiando mediação de Venezuela e Colômbia.
"Nós insistimos [na exigência das condições] por uma razão muito simples: o fortalecimento da democracia na região, disse Nunes.
O bloco liderado pelos EUA e apoiado por países como Peru, Panamá e Colômbia, restabeleceu relações com Tegucigalpa após a posse de Lobo, em fevereiro de 2010. Defendiam o fim da suspensão de Honduras da OEA, motivada pelo golpe.
Mas o Brasil, ao lado de países do Mercosul e da Alba (aliança liderada pelo venezuelano Hugo Chávez), insistiam que não aceitariam Honduras de volta à OEA até que os direitos políticos do ex-presidente e apoiadores fossem restaurados.