Um acordo sobre os princípios e as diretrizes de uma transição na Síria foi alcançado neste sábado (30) em Genebra durante a reunião do Grupo de Ação sobre a Síria, abrindo caminho para a era "pós-Assad", segundo os Estados Unidos, enquanto Rússia e China reafirmaram que cabe aos sírios escolher o seu futuro.
A reunião de Genebra abriu "o caminho para a era pós-Assad" e os Estados Unidos vão convocar o Conselho de Segurança da ONU para submeter este acordo ao organismo, declarou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, durante uma entrevista coletiva à imprensa.
O acordo prevê, principalmente, que o governo de transição possa incluir membros do governo atual. Annan afirmou que duvida que os sírios escolham pessoas "que têm sangue nas mãos".
"O organismo de governo transitório exercerá os poderes executivos. Ele poderá incluir membros do atual governo e da oposição e de outros grupos, e deve ser formado com base em um consentimento mútuo", indicou Annan, emissário especial das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria.
"Duvido que os sírios elejam pessoas com sangue nas mãos para governá-los", acrescentou Annan durante uma entrevista coletiva à imprensa.
Quando perguntado sobre o que o plano de transição reserva ao presidente Bashar al-Assad, Annan afirmou que "o documento é claro sobre as diretrizes e os princípios para ajudar as partes sírias enquanto elas (...) estabelecem um governo de transição e efetuam as mudanças necessárias". O futuro de Bashar al-Assad "estará em suas mãos", disse.
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