Segundo o jornal The Washington Post, representantes dos governo dos Estados Unidos e Israel, e do grupo terrorista Hamas estariam perto de fechar um acordo para pausar o conflito na Faixa de Gaza por cinco dias e permitir a retirada de mulheres e crianças ainda mantidas como reféns pelo Hamas.
De acordo com o jornal, o acordo detalhado prevê que todas as partes no conflito congelariam as operações de combate durante pelo menos cinco dias. Durante esse período, seriam libertados parte dos reféns, em grupos liberados a cada 24 horas. Vigilância aérea monitoraria a área para garantir a pausa. Além de permitir a saída dos reféns, a pausa seria usada para aumentar a entrada dos caminhões com suprimentos, combustível e ajuda humanitária em Gaza, vinda do Egito.
O esboço de um acordo teria sido elaborado durante negociações em Doha, no Catar, entre Israel, os Estados Unidos e o Hamas, representado indiretamente por mediadores do Catar, segundo diplomatas consultados pelo The Washington Post. Entretanto, ainda não há clareza a respeito da concordância de Israel em interromper os combates.
Oficialmente, a Casa Branca negou haver qualquer tipo de acordo. "Ainda não há acordo, mas continuamos trabalhando duro para conseguir um", disse Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, em comunicado.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu também negou a existência de qualquer acordo. Em uma coletiva de imprensa, ele disse haver muitos rumores não comprovados em relação aos reféns. “Gostaria de deixar claro: até o momento, não houve acordo. Mas quero prometer: quando houver algo a dizer informaremos a vocês sobre isso", disse o premiê de Israel.
Já o primeiro-ministro do Catar, Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani, não só confirmou a existência das negociações, como disse neste domingo (19) que o acordo só depende de “pequenos desafios práticos e logísticos”. Desde o final de outubro, o Catar tem negociado com os EUA mudanças nas suas relações com os terroristas do Hamas.
O país é conhecido por fornecer abrigo e apoio às lideranças do grupo terroristas e tem sido alvo frequente das críticas após os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro. No sábado (18), o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que todos os membros do Hamas, incluindo os que estão fora da Faixa de Gaza, são “homens mortos”. “Não há diferença entre um terrorista com uma Kalashnikov e um terrorista vestindo um terno de três peças”, disse Gallant em declarações à imprensa, se referindo aos terroristas que vivem no Catar.
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