O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, insistiu ontem que o acordo nuclear com o Irã é a melhor maneira de evitar uma corrida armamentista nuclear e mais guerras no Oriente Médio.
Obama, no entanto, descartou que seu país possa cooperar abertamente com o Irã na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), uma área na qual muitos especialistas acreditavam em uma possível aproximação depois do acordo nuclear selado na terça-feira. Obama disse não acreditar que, “em um futuro próximo”, os EUA possam “restabelecer relações diplomáticas com o Irã”, rompidas em 1980, após a revolução islâmica no país.
O presidente avaliou que, sem a negociação, “não haveria limites para o programa nuclear iraniano”. ”O Irã poderia ficar perto de uma bomba nuclear”, disse. O acordo é um triunfo político para Obama, que tenta fazer do diálogo com inimigos dos EUA um marco de sua Presidência. Para muitos, os compromissos assumidos pelo Irã são a maior aposta de política externa desde que ele assumiu o cargo, em 2009.