BERLIM - A líder conservadora alemã Angela Merkel vai se tornar a primeira mulher chanceler do país, sob um acordo que alcançou com o Partido Social Democrata (SPD, na sigla em alemão) do atual chanceler Gerhard Schroeder.
No novo governo de coalizão com os democrata-cristãos (CDU, na sigla em alemão) de Merkel, o SPD ficará com oito ministérios, entre eles os das Relações Exteriores, das Finanças, da Justiça e do Trabalho, informou nesta segunda-feira uma fonte social democrata. Os conservadores da CDU e CSU (União Social Cristã) ficarão com seis ministérios.
Schroeder, que governa o país desde 1998, deixará o poder para terminar com três semanas de impasse político desde as indefinidas eleições do mês passado.
A junta executiva do SPD aprovou nesta segunda-feira um acordo com os conservadores de Merkel para formar um governo de coalizão, disse um porta-voz do partido. Os acordo foi confirmado pelos principais grupos políticos conservadores.
- A junta aprovou o acordo proposto com uma grande maioria - afirmou.
O porta-voz fez estas declarações depois que a junta se reuniu para conhecer o resultado das negociações que mantiveram no domingo à noite Schroeder, o presidente do SPD, Franz Muentefering, a líder da União Democrata Cristã (CDU) Merkel e Edmund Stoiber, dirigente da União Social Cristã (CSU).
Fontes dos dois partidos principais haviam dito mais cedo que fora feito um acordo em que Merkel conduziria uma coalizão. O SPD designaria ministros para as pastas das Relações Exteriores, das Finanças e do Trabalho, disseram fontes do partido.
As negociações aconteceram depois de nenhuma das principais forças da esquerda e da direita ter obtido votos suficientes nas eleições gerais para governar com seus aliados favoritos. Apesar de ter conseguido quatro assentos a menos no Parlamento que os conservadores, o SPD de Schroeder havia se recusado a renunciar à chancelaria.