Soldados israelenses localizados perto da fronteira de Gaza, no sul de Israel.| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN
Ouça este conteúdo

Os reféns israelenses sequestrados pelo Hamas em outubro do ano passado e mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza desde então, podem ser libertados em breve. Reportagem do jornal New York Times deste domingo (28) informa que os negociadores liderados pelos EUA estão muito perto de firmar um acordo que suspenderia os ataques de Israel por cerca de dois meses em troca da liberação dos reféns. Segundo o jornal, o acordo poderá ser firmado nas próximas duas semanas. Na semana passada, o jornal israelense Walla, já havia noticiado que Israel estaria disposto a fazer uma trégua de 2 meses em troca dos reféns.

CARREGANDO :)

Para tentar diminuir a resistência ao acordo, o próprio presidente americano, Joe Biden, conversou por telefone com os líderes do Egito e do Catar, que serviram como intermediários com o Hamas, na tentativa de selar o acordo. para diminuir as diferenças restantes. Ele também vai enviar o seu diretor da CIA, William J. Burns . “Ambos os líderes afirmaram que um acordo de reféns é fundamental para estabelecer uma pausa humanitária prolongada nos combates e garantir que assistência humanitária adicional que salva vidas chegue aos civis necessitados em toda Gaza”, disse a Casa Branca num comunicado na noite de sexta-feira (26) resumindo a conversa do presidente com o Xeque Mohammed bin. Abdulrahman   al-Thani, primeiro-ministro do Catar. “Eles sublinharam a urgência da situação e saudaram a estreita cooperação entre as suas equipas para avançar nas discussões recentes.”

No sábado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirmou o seu compromisso em garantir a libertação dos reféns que não foram libertados em novembro, quando houve . “Até hoje, devolvemos 110 dos nossos reféns e estamos empenhados em devolvê-los todos para casa”, disse ele. “Estamos lidando com isso e fazendo isso 24 horas por dia, inclusive agora”, disse ele, em resposta os protestos de milhares de pessoas que saíram às ruas em Tel Aviv, para exigir a libertação dos reféns israelenses que ainda estão sob o controle do Hamas em Gaza.

Publicidade

Em novembro do ano passado, uma pequena trégua, também mediada pelos EUA, juntamente com o Catar e o Egito, resultou em uma pausa de sete dias nos combates em troca da libertação de mais de 100 reféns pelo Hamas e de cerca de 240 prisioneiros e detidos palestinos detidos por Israel. Ainda assim, calcula-se que mais de uma centena de reféns permaneça sob poder dos terroristas.

O novo acordo, caso se confirme, prevê que os combates parariam durante cerca de 30 dias enquanto mulheres, idosos e reféns feridos seriam libertados pelo Hamas. Durante a primeira parte do cessar-fogo, seriam acertados os detalhes de uma segunda fase, que também inclui o cessar-fogo e libertação de reféns, além da troca da liberação de palestinos presos em Israel. A esperança é de que o acordo também possa facilitar a abertura para a negociação de um plano mais amplo, que possa colocar fim de vez ao conflito.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]