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Nova Iorque – Depois de duas semanas de debate exaltado, republicanos e democratas chegaram a um acordo ontem no Senado norte-americano para aprovar a reforma da lei de imigração. O acordo promete permitir que a maior parte dos 12 milhões de residentes ilegais no país possam legalizar sua situação ou reingressar no país com vistos temporários de trabalho.

Depois de aprovada, a proposta – apoiada pelo presidente George W. Bush – seguiria para uma comissão mista para "conciliação" com a versão aprovada pela Câmara em dezembro, cujo foco é punitivo, criminalizando a imigração ilegal. Isso, no entanto, só deve ocorrer depois de um recesso de duas semanas.

O acordo anunciado ontem prevê diferentes categorias e trajetórias para os imigrantes ilegais que já residem no país.

Aqueles que estão nos Estados Unidos há mais de cinco anos (cerca de 6,6 milhões) receberiam cidadania contanto que tenham emprego, paguem multas e impostos retroativos e aprendam inglês.

Os que estão no país entre dois e cinco anos (cerca de 3 milhões) teriam de reingressar como "trabalhadores temporários" e solicitar cidadania posteriormente após seis anos. Os que chegaram há menos de dois anos (cerca de 1,4 milhão) teriam de deixar o país, mas poderiam solicitar visto de trabalhador temporário.

Brasileiros

Não está claro quantos brasileiros "sem-documentos" poderiam ser beneficiados pela proposta do Senado. O Consulado do Brasil em Nova Iorque estima que haja cerca de 2,2 milhões brasileiros nos Estados Unidos, mas não há estimativa oficial de quantos destes seriam ilegais.

Houve pouca manifestação oficial das comunidades brasileiras na região, mas alguns grupos avisaram que pretendem participar de marchas e protestos.

Para William Frey, especialista em imigração da Brookings Institution, o consenso avança muito na questão de oferecer uma alternativa "humana" para os ilegais que já vivem no país, mas não há garantias de que a lei final mantenha esses pontos.

A lei aprovada pela Câmara em dezembro e que causou protestos em todo o país criminalizava a imigração ilegal e atos de apoio, como oferta de emprego, abrigo ou outro auxílio.

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