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Acordo no Senado pode acabar com paralisação do governo de Trump

Os democratas, no entanto, exigem que uma solução seja negociada pelo governo Trump, que tem endurecido as políticas imigratórias do país | NICHOLAS KAMMAFP
Os democratas, no entanto, exigem que uma solução seja negociada pelo governo Trump, que tem endurecido as políticas imigratórias do país (Foto: NICHOLAS KAMMAFP)

Um acordo obtido entre democratas e republicanos nesta segunda (22) tornou mais próximo o fim da paralisação do governo dos Estados Unidos.

A administração do presidente Donald Trump está paralisada desde sábado (20), por não ter aprovado a lei orçamentária anual e, assim, não conseguir efetuar despesas. Em inglês, a situação é chamada de "shutdown".  

Em uma solução temporária, senadores aprovaram, por volta das 16h de Brasília desta segunda (22), uma lei que autoriza o governo a fazer novas despesas até o dia 8 de fevereiro.  

Até lá, os congressistas irão negociar uma solução para jovens imigrantes, os "dreamers", que chegaram ao país quando crianças e estão atualmente sem status legal nos EUA. Eles eram protegidos por um programa do governo de Barack Obama, o Daca, que foi revogado por Trump em setembro.  

Este é o principal impasse entre democratas e republicanos. Os democratas exigem que uma solução seja negociada pelo governo Trump, que tem endurecido as políticas imigratórias do país.  

A proposta ainda precisa passar por votação na Câmara —onde os republicanos têm maioria. No Senado, onde as negociações eram mais acirradas, o acordo foi aprovado por 81 votos a 18 nesta segunda (22).  

Caso a proposta seja aprovada pela Câmara, órgãos federais que estão fechados voltam a operar normalmente. A paralisação não chegou a afetar, pelo menos por enquanto, os serviços de emissão de visto a estrangeiros nos consulados no exterior.  

Imigração 

Trump, que não participou das negociações neste fim de semana, acusou os democratas de "brincar de política da paralisação", e disse que eles preteriam os serviços e a segurança de cidadãos americanos em favor de imigrantes estrangeiros.  

"O grande presidente negociador colocou-se de lado", criticou o senador Chuck Schumer, líder democrata, durante a votação desta segunda (22). Ele disse, porém, que está confiante em um acordo bipartidário com os republicanos para resolver a situação dos "dreamers". O status legal desses jovens se encerra em março de 2018.  

Uma vez aprovado o acordo, não se sabe se Trump voltará à mesa de negociações com os congressistas. Nos últimos dias, o presidente foi duramente criticado por ter afirmado, durante uma negociação, que imigrantes da África e do Haiti vinham de "países de merda". Ele negou que tenha usado a expressão.  

Antes, afirmara publicamente que queria uma "lei de amor" para resolver a situação dos "dreamers".

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