Já consolidado no Congresso norte-americano, o acordo nuclear com o Irã ganhou mais força neste domingo, com o apoio anunciado pelo ex-secretário de Estado, Colin Powell, e pela deputada Debbie Wasserman Schultz, chefe do Comitê Nacional Democrata.
Powell, que foi secretário de Estado no governo do presidente George W. Bush, chamou o acordo de “um negócio muito bom”, que vai reduzir o risco de posse de uma arma nuclear pelo Irã. O programa nuclear do Irã “foi desviado”, tornando menos provável que o país asiático possa produzir uma arma nuclear para ser usada contra Israel ou em outros países, afirmou Powell. “Então, isso é muito bom “, disse ele à NBC.
Wasserman Schultz disse que a decisão de apoiar o acordo foi a mais difícil que ela tomou em quase 23 anos de cargos públicos. A legisladora judaica escreveu no The Miami Herald que, mesmo tendo preocupações sobre o acordo, o negócio “proporciona a melhor oportunidade para garantir” segurança para os EUA, Israel e outros aliados. “Com o acordo, o Irã não será capaz de produzir uma bomba nuclear durante pelo menos 10 a 15 anos ‘‘, disse ela, enquanto os EUA e seus aliados “serão capazes de terem maior concentração sobre como parar as atividades terroristas do Irã”.
A Casa Branca já conquistou os votos necessários no Senado - todos do Democratas - para garantir que o Congresso vai aprovar o acordo, mesmo que o presidente Barack Obama queira vetar um conjunto de resoluções, para que a votação aconteça ainda essa semana.
Com o apoio crescente para aprovar o acordo, a Casa Branca e seus aliados no Congresso querem atingir uma meta mais ambiciosa: ter votos suficientes para impedir uma resolução de desaprovação no Senado, por meio de regras internas que impeçam inclusive que essas resoluções cheguem á pauta de votações. Esse esforço sofreu um revés na sexta-feira, já que o senador Ben Cardin, líder democrata no Comitê de Relações Exteriores do Senado, disse que era contra o acordo.
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