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Fim da guerra de preços

Países da Opep+ aprovam redução recorde na produção global de petróleo

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Ministro da Energia saudita, Príncipe Abdulaziz bin Salman al-Saud, preside uma reunião extraordinária virtual da Organização das Exportações de Petróleo (OPEP) e aliados (Foto: Divulgação/AFP)

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A Arábia Saudita e a Rússia chegaram a um acordo, junto com os demais membros da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), para diminuir a produção de petróleo e, assim, tentar estabilizar o preço da commoditie, em queda por causa da pandemia de coronavírus, e colocar um fim à guerra de preços travada entre russos e sauditas.

Neste domingo (12), os países concordaram em cortar a produção de petróleo em 9,7 milhões de barris por dia em maio e junho, quase um décimo da produção global. "Essa pode ser a maior redução na produção da Opep por talvez uma década, talvez mais", disse o secretário de Energia dos Estados Unidos, Dan Brouillette.

O ministro iraniano do petróleo, Bijan Zanganeh, disse que o Kuwait, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos cortariam outros 2 milhões de barris de petróleo por dia entre eles, além do acordo da Opep+. Os Estados Unidos não se comprometeram a cortar a sua própria produção, mas mostraram aos demais países que a demanda cada vez menor vai diminuir bastante a produção de petróleo americano. O México vai cortar a produção em 100 mil barris por dia, embora os demais países estivessem pressionando para uma redução de 400 mil.

Segundo comunicado do ministério do petróleo da Nigéria, o acordo permitirá o reequilíbrio dos mercados de petróleo e um aumento de US$ 15 por barril no curto prazo. No início da manhã desta segunda-feira (13), os contratos futuros de petróleo brent estavam sendo negociados a US$ 30,82, segundo a Bloomberg.

O pacto coloca fim a uma guerra de preços entre Rússia e Arábia Saudita. O reino aumentou sua produção e diminuiu os preços para aumentar sua participação no mercado global da commoditie, depois que a Rússia se recusou a cortar a produção para alavancar os preços, em queda devido à diminuição de demanda causada pela pandemia de coronavírus. Isso fez com que os preços do petróleo baixassem de cerca de US$ 60 para US$ 30 dólares - a maior desvalorização desde a Guerra do Golfo, em 1991.

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