Tentativas
Cronologia das propostas de tratados de paz entre israelenses e palestinos
30 out. 1991, Madri Conferência de paz reúne pela primeira vez israelenses e palestinos
13 set. 1993, Washington Acordo de Oslo de reconhecimento mutual.
26 set. 1995, Washington Acordo de Oslo II.
11- 25 jul. 2000, Camp David (EUA) Palestinos e israelenses discutem o problema dos locais santos.
30 abr. 2003 Publicação de um "Mapa da Rota", que prevê um Estado palestino até 2005.
12 set. 2005 Israel se retira da Faixa de Gaza após 38 anos de ocupação.
14 jun. 2009, Ramat Gan (Israel) O primeiro-ministro israelense, Benjamin Natanyahu, aceita a ideia de um Estado palestino.
8 maio 2010, Ramallah A Autoridade Palestina aceita o princípio de porta-vozes indiretos com Israel sob a égide dos EUA.
10 maio 2010 Israel diz que vai continuar com a construção nos bairros de colonização de Jerusalém Oriental.
4 de maio de 2011, Cairo Acordo entre Hamas e Fatah.
As duas principais facções políticas palestinas, o Fatah e o Hamas, proclamaram ontem um acordo de reconciliação e unidade política para acabar com a rivalidade de quatro anos que levou à formação de duas estruturas de poder diferentes nos territórios que os palestinos. Israel, contudo, denunciou o acordo palestino como "um golpe mortal para a paz".
A formação da aliança entre o Hamas e o Fatah levou a comemorações dos palestinos nos territórios ocupados por Israel, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, com multidões comemorando o fim dos conflitos internos. O mediador internacional para o processo de paz, o ex-premiê britânico Tony Blair, afirmou que o novo governo provisório palestino que será formado após o acordo precisa reconhecer a existência do Estado de Israel.
O Hamas recusou a sugestão de Blair, enquanto o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, do movimento Fatah, disse que os palestinos não aceitam a chantagem. "Nós rejeitamos a chantagem e não é possível que aceitemos mais a ocupação de Israel às nossas terras", afirmou Abbas no Cairo.
O líder do grupo Hamas, Khaled Meshal, afirmou nesta quarta-feira que "nossa única luta é com Israel" e que as divergências de quatro anos com o presidente da ANP, do grupo laico Fatah, "ficaram para trás". Ele acrescentou que o Hamas trabalhará para alcançar o "objetivo nacional palestino" de um Estado soberano na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.
Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou em Londres: "O que aconteceu hoje (quarta-feira) no Cairo é um golpe mortal para a paz e uma grande vitória para o terrorismo." Israel luta politicamente para impedir que as Nações Unidas reconheçam um Estado palestino.
Na quinta-feira, Netanyahu deve se encontrar em Paris com o presidente francês, Nicolas Sarkozy. O premiê israelense se opõe duramente à presença do Hamas no governo palestino. A França poderá reconhecer em breve um Estado palestino, reconhecimento já feito pela Rússia, China, Índia, Brasil e vários países da América Latina, Leste Europeu, África e Sudeste Asiático.
Netanyahu quer que os líderes europeus se oponham, ou pelo menos se abstenham, se os palestinos buscarem o reconhecimento de uma declaração unilateral da criação de um Estado, quando a Assembleia-Geral da ONU se reunir em setembro.
O ministro da Defesa de Israel, Matan Vilnai, qualificou o acordo entre os palestinos como uma "cortina de fumaça", que não muda nada. "Eles não concordam em nada". O Hamas condenou a morte de Bin Laden e o Fatah apoiou.