Um acordo entre 191 nações para eliminar substâncias que destroem a camada de Ozônio 10 anos antes do programado é um "momento crucial" na luta contra o aquecimento global, disse o ministro do Meio Ambiente canadense, John Baird, neste sábado.

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Os delegados de uma conferência da ONU em Montreal fecharam um acordo no fim da sexta-feira. Pelo acordo, o uso de hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) será reduzido gradualmente nos países desenvolvidos até 2020 e até 2030 nos países em desenvolvimento. Dez anos antes do programado em ambos os casos.

A ONU também saudou o acordo, que poderia reduzir a emissão de milhões de toneladas de gás de efeito estufa, segundo as Nações Unidas.

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Washington declarou que a aceleração na redução de HCFCs será duplamente mais efetiva do que o protocolo de Kyoto na luta contra o aquecimento global. Os Estados Unidos rejeitaram o protocolo em 2001 e o Canadá diz que não conseguirá alcançar suas metas de Kyoto.

"Isso (o acordo) vai se distinguir como um momento crucial na luta internacional contra o aquecimento global" disse Baird em uma entrevista coletiva em Montreal.

A conferência do Programa Ambiental da ONU (UNEP, na sigla em inglês) em Montreal marcou o 20o aniversário do protocolo de Montreal, que foi produzido para o corte no uso e fornecimento de produtos químicos que destroem a camada de ozônio.

Danos à camada de ozônio, que protegem a Terra de radiação ultravioleta, são relacionados ao aumento do risco de câncer e cataratas nos humanos. Os gases HCFCs são usados em condicionadores de ar e refrigeradores.

"Os governos tinham uma oportunidade de ouro para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e da proteção da camada de ozônio e eles a agarraram", disse em um comunicado a diretor-executivo do UNEP, Achim Steiner.

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Sob os termos do acordo, todos os governos concordaram em congelar a produção de HCFC até 2013 comparado à média da produção em 2009 e 2010. Nações desenvolvidas aceitaram cortar a produção e consumo em 75 por cento até 2010 e 90 por cento até 2015, com total redução em 2020. Nações em desenvolvimento se comprometeram a um corte de 10 por cento na produção e consumo até 2015, 35 por cento até 2020, 67,5 por cento até 2025 e anulação total em 2030.