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Segundo turno

Acusação de que Correa teria encomendado morte de candidato esquenta eleição no Equador

Amigo de Villavicencio e seu substituto na eleição presidencial no Equador disse que testemunha apontou o “governo de Correa” (foto) como responsável pelo crime (Foto: EFE/Hilda Ríos)

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A reta final da eleição presidencial no Equador, cujo segundo turno será realizado no próximo domingo (15), teve uma elevação da temperatura devido a uma acusação contra o ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) pela morte do candidato Fernando Villavicencio Valencia.

Villavicencio, do movimento de centro-direita Construye, foi assassinado em 9 de agosto em Quito, antes do primeiro turno. Ele foi morto a tiros após um comício realizado no ginásio de um colégio na capital equatoriana.

No último domingo (8), o jornalista Christian Zurita, amigo de Villavicencio e o que substituiu na eleição presidencial (não conseguiu chegar ao segundo turno), escreveu no X que uma testemunha apontou que o “governo de Correa” foi o responsável pelo crime.

“O valor acordado com os assassinos para acabar com a vida de Fernando foi de US$ 200 mil [R$ 1 milhão]. Houve uma primeira tentativa no dia 1º de junho na grande caravana de Santo Domingo [de los Tsáchilas], mas conseguiram [apenas] no dia 9 de agosto”, escreveu Zurita no X.

Também no X, Correa, que apoia no segundo turno a candidata Luisa González, disse que “foram oferecidas [à testemunha] todas as garantias para criar este falso positivo”.

“Nós falamos: eles assassinam Villavicencio, atrasam a investigação preliminar em um mês, matam todos os pistoleiros menos um, que mantêm [preso] num quartel militar, e nos acusam no dia 10 de outubro, cinco dias antes das eleições. Qualquer coisa para impedir nossa vitória”, escreveu Correa, que alegou “fraude processual”.

Na última sexta-feira (6), seis colombianos que haviam sido presos por suspeita de participação na morte de Villavicencio foram assassinados numa prisão de Guayaquil. Um sétimo suspeito, de nacionalidade equatoriana, também foi morto numa prisão em Quito.

Nesta terça-feira (10), a Procuradoria-Geral da Venezuela informou que não houve irregularidades no depoimento da testemunha, mas não confirmou a informação de Zurita de que o nome de Correa foi apontado.

“O referido depoimento foi prestado com observância dos procedimentos pertinentes que a lei processual prevê, sem que tenham sido mediadas quaisquer condições que não sejam os trâmites do processo penal”, apontou, em comunicado.

A Procuradoria apontou que a Lei Processual Penal estipula que a identidade da testemunha seja mantida em segredo, e que a revelação da mesma é punível com pena de cinco a sete anos de prisão. O MP também apontou que “informações falsas” estão sendo veiculadas sobre o caso, mas não especificou quais.

No domingo, a Procuradoria havia informado que a testemunha “narrou os preparativos e os valores oferecidos pelos autores materiais [do crime]. Além disso, apontou quem teria dado a ordem para cometer o crime”, mas o MP não citou nomes. Em seguida, Zurita fez a publicação citando o nome de Correa no X.

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