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Representatividade

Acusado de formar governo machista, presidente do Peru pede desculpas

Conselho de Ministros do Peru é presidido por Guido Bellido, esquerdista com histórico de agressões verbais e comentários homofóbicos e sexistas.
Conselho de Ministros do Peru é presidido por Guido Bellido, esquerdista com histórico de agressões verbais e comentários homofóbicos e sexistas. (Foto: EFE)

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O presidente do Peru, Pedro Castillo, fez na sexta-feira (3) um mea-culpa por ter formado um gabinete com pouca representatividade feminina. Ele afirmou que seu governo empoderará as mulheres para que assumam cargos públicos.

Durante uma reunião com prefeitas em Lima, Castillo pediu desculpas porque "no início do governo foi considerado um maior número de homens no gabinete". "Mas vou me corrigir. No quadro das próximas administrações temos de incluir as mulheres", comentou o mandatário.

No Conselho de Ministros, presidido por Guido Bellido, há apenas duas ministras em um total de 18 ministérios, o que tem sido alvo de críticas desde que o presidente tomou posse, em 29 de julho. Castillo declarou que vai "reforçar a voz das mulheres" e que, durante o seu governo, será dado mais poder a elas para que "nas próximas administrações haja mais mulheres prefeitas, para que as mulheres assumam mais cargos públicos".

Agressão verbal contra deputada

As palavras de Castillo foram especialmente sensíveis depois que seu chefe de gabinete, Guido Bellido, foi acusado pela legisladora e terceira vice-presidente do Congresso, Patricia Chirinos, de ter dito, antes de tomar posse, durante uma reunião de coordenação parlamentar: "Só falta te estuprarem".

A congressista denunciou a agressão verbal em declarações à emissora de rádio "RPP", mas o incidente já havia sido relatado vários dias antes pela oposição, algo que Bellido considerou "falso" e "fraudulentamente difamatório".

Homofobia e sexismo

Bellido, integrante do partido esquerdista Peru Livre e que na semana passada recebeu a confiança do Congresso, é atualmente alvo de diversas críticas tanto pelas suas posições políticas como por declarações homofóbicas e sexistas feitas no passado.

Desde que tomou posse, em 29 de julho, Bellido tentou se desvincular dessa imagem, pediu desculpas e alegou ignorância sobre algumas questões sensíveis para os parceiros de governo, o Congresso da esquerda moderada e os grupos liberais.

A direita peruana também criticou duramente Bellido pelas posições homofóbicas e sexistas.

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