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Tribunal de Haia

Acusado de genocídio falta ao próprio julgamento

Haia - O ex-líder sérvio-bósnio Radovan Karadzic, acusado de genocídio na Guerra da Bósnia (1992-1995), não compareceu ao próprio julgamento na tarde de ontem, obrigando os juízes do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII, em Haia) a adiá-lo para hoje.

Marco Sladojevic, advogado do acusado, disse que Karadzic pe­­de mais tempo para preparar a defesa e também "não comparecerᒒ.

Em setembro de 2008, o julgamento havia sido adiado por dez meses, a pedido do réu, que está preso na cidade holandesa.

Karadzic, 64 anos, será julgado, entre outros crimes, pelo massacre de Srebrenica, quando forças sérvias assassinaram cerca de 8.000 homens e crianças muçulmanas. Ele pode ser condenado à prisão perpétua.

Karadzic não reconhece o po­­der do tribunal para julgá-lo. Ele afirma ter feito um acordo com Richard Holbrooke, ex-me­­diador dos EUA para a região, que teria lhe oferecido imunidade penal. Hol­­brooke nega, e o tribunal afirma que tal acordo não teria validade.

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