A Venezuela prometeu cooperar com o tribunal espanhol que acusa o governo do país sul-americano de colaborar com o grupo separatista basco ETA e com rebeldes colombianos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), disse o ministro de Relações Exteriores da Espanha, ontem.
O ministro Miguel Angel Moratinos disse ter conversado com o presidente venezuelano Hugo Chávez e com o ministro de Relações Exteriores Nicolas Maduro na segunda-feira e que ambos negaram as acusações e prometeram fazer investigações.
"Eles se comprometeram a cooperar com as autoridades espanholas para esclarecer totalmente a questão", disse Moratinos a jornalistas durante uma visita a Yerevan, na Armênia.
Na segunda-feira, o juiz espanhol Eloy Velasco indiciou seis integrantes do ETA, a maioria deles exilados na América Latina, e sete integrantes das Farc, de vários crimes, dentre eles um complô para assassinar o ex-presidente colombiano Andres Pastrana e o atual presidente do país, Alvaro Uribe.
Velasco disse que a investigação espanhola iniciada em 2008 apresentou evidências de "cooperação do governo venezuelano" entre os dois grupos.
O ministro de Relações Exteriores espanhol disse à Associated Press que a Espanha vai agora esperar que a Venezuela responda ao pedido do tribunal por mais informações para esclarecer a questão. Ele disse que as alegações de colaboração entre o ETA e as Farc não são novas. A novidade é a possibilidade de que o governo venezuelano possa estar envolvido.
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