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Ásia

Acusado por estupro coletivo na Índia é internado em "estado crítico"

Um dos acusados de cometer um estupro coletivo mortal, que em dezembro chocou os habitantes de Nova Délhi, foi internado em estado crítico em um hospital da cidade após ser envenenado e agredido na prisão, informou nesta quarta-feira (15) seu advogado.

Vinay Sharma, um instrutor de academia de 20 anos, tinha sido agredido em 2 de maio na prisão de Tihar, mas sua "condição se agravou" nos últimos dias, explicou o advogado A.P Singh.

"Ele está em estado crítico, vomitando sangue", disse a fonte, que acusou as autoridades penitenciárias de ter "envenenado e agredido" seu cliente.

De acordo com sua versão, após a agressão inicial Sharma foi internado em um centro médico do presídio, mas depois foi transferido a outro hospital de Nova Délhi e nas últimas horas teve que ser internado em um outro centro médico, o LNJP.

"Vamos apresentar uma queixa formal perante a Comissão de Direitos Humanos e administração penitenciária", ressaltou o advogado.

Este fato acontece depois que em março o líder do grupo que violou a menina, Ram Singh, apareceu morto em sua cela no Tihar, algo que então as autoridades atribuíram a um suposto suicídio, apesar de também circularem versões distintas na imprensa.

Após a morte do suposto líder, Sharma é um dos quatro acusados vivos deste caso de abuso sexual que comoveu a Índia e gerou um debate sem precedentes sobre a situação da mulher no gigante asiático.

Um sexto implicado no ato tinha 17 anos quando ocorreu crime, por isso que sua responsabilidade será elucidada por um tribunal de menores.

O julgamento se desenvolve desde o começo do ano em uma corte de Saket, e nas audiências foram ouvidas até agora 74 testemunhas, segundo o advogado A.P. Singh.

"Seguimos na fase de apresentação de provas. É provável que o julgamento se prolongue até a primeira semana de julho", afirmou.

Desde a abuso mortal em dezembro da jovem indiana, batizada por alguns meios de imprensa como "Amanat", meios de comunicação locais fazem eco quase diariamente sobre novos e aberrantes casos de abusos sexuais.

O Parlamento nacional aprovou em março uma série de emendas ao Código Penal para endurecer as penas por casos de violações sexuais.

A legislação indiana contempla agora a possibilidade de sancionar com pena capital casos de agressão sexual que termine com a morte da vítima ou que esta fique em estado vegetativo.

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