O alto representante da União Europeia (UE) para Relações Exteriores e Segurança, Josep Borrell, disse neste sábado (9), em Kiev, que a incorporação de soldados norte-coreanos às tropas russas que lutam contra a Ucrânia representa uma “globalização da guerra”.
Durante sua passagem pelo país, o chefe da diplomacia também disse que a atitude “terá consequências tanto na região como no Extremo Oriente”. Borrell chamou atenção para a necessidade de aumentar a pressão diplomática sobre a Coreia do Norte a fim de evitar que a capital Pyongyang envie mais soldados para lutar ao lado da Rússia na guerra. Ele também afirmou que sua recente viagem à Coreia do Sul para coordenar as ações com Seul tem esse propósito.
“A segurança da Coreia do Sul depende da Ucrânia e também está sendo defendida aqui”, declarou o diplomata espanhol sobre as consequências que a entrada de Pyongyang na guerra poderia ter na região Ásia-Pacífico.
De acordo com a agência de notícias EFE, o chefe da diplomacia europeia também reiterou que os parceiros ocidentais da Ucrânia devem possibilitar que o país use as suas armas para atacar alvos militares da Rússia, já que essa é uma exigência de Kiev que até o momento não recebeu sinal verde.
Visita de Josep Borrell
Josep Borrell chegou neste sábado (9) a Kiev para a sua quinta visita à Ucrânia desde o início da guerra contra a Rússia. A viagem também será a sua última passagem por terras ucranianas antes de deixar o cargo no próximo mês. “Temos apoiado a Ucrânia desde o princípio e hoje, nesta minha última visita como chefe da diplomacia da UE, transmito a mesma mensagem: apoiaremos em tudo que pudermos", acrescentou.
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