A Universidade de Columbia, localizada em Nova York e onde foram realizados protestos anti-Israel entre abril e junho deste ano, informou nesta segunda-feira (8) que removeu três administradores de seus cargos e os manterá em licença por tempo indefinido devido a mensagens de texto com conteúdo antissemita.
Segundo a agência Associated Press, a medida foi anunciada numa carta divulgada pela presidente da universidade, Minouche Shafik, e pela reitora Angela Olinto, que também prometeram implementar um programa de treinamento antissemitismo e antidiscriminação para professores, funcionários e estudantes na volta às aulas, no outono no hemisfério norte (primavera no Brasil).
“Este incidente revelou comportamentos e sentimentos que não foram apenas pouco profissionais, mas também tocaram de forma perturbadora em antigos tropos [figuras de linguagem] antissemitas”, escreveu Shafik na carta.
“Quer seja intencional ou não, esses sentimentos são inaceitáveis e profundamente perturbadores”, disse a presidente.
A universidade não informou os nomes dos administradores que foram punidos, mas a AP relatou que eles já haviam sido afastados em junho, após uma reportagem do site conservador Free Beacon ter publicado imagens de mensagens de texto de gestores da Columbia durante um painel de discussão realizado em 31 de maio, intitulado “Vida Judaica no Campus: Passado, Presente e Futuro”.
De acordo com esta reportagem, nesse evento, administradores da Columbia trocaram mensagens ironizando os palestrantes: numa delas, disseram que profissionais judeus da universidade estariam “explorando” os protestos anti-Israel pelo seu “potencial para angariar financiamento”. Além disso, usaram emojis de vômito para descrever um artigo sobre antissemitismo escrito pelo rabino do campus.
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