SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um adolescente sul-africano de 18 anos disse nesta sexta-feira (11) que achou em uma praia no sul de Moçambique pedaços de compensado que podem fazer parte do Boeing-777 da Malaysia Airlines desaparecido desde 2014.
Liam Lotter mostrou à imprensa a peça que encontrou no dia 30 de dezembro em uma caminhada na praia de Xai Xai, a 214 km da capital Maputo. A destroço, de um metro de comprimento e 50 cm de largura, estava na areia.
“Estava tão encharcada na época que era um pouco pesada. Tive dificuldades para carregá-la”, afirmou, em entrevista à agência de notícias “Associated Press”.
A peça retirada por ele tinha buracos de rebites e a sequência 676EB estampada, o que lhe levou a pensar que fosse o destroço de um avião. Por isso, levou o pedaço de compensado à casa de praia da família.
Os pais acharam que era um pedaço de lixo, provavelmente os destroços de um barco naufragado. Mas Lotter insistiu em levar o pedaço de madeira de volta para Wartburg, cidade do norte da África do Sul onde sua família mora.
Nos últimos meses, a peça ficou guardada em um depósito na casa dos Lotter. O assunto voltou à tona na semana passada quando um americano que descobriu outra suposta peça do avião também em Moçambique.
“Fiquei bastante chocado -Moçambique, cores similares, área similar. A descrição dele era a mesma daquilo que eu estou vendo agora”, disse, referindo-se ao pedaço de compensado.
Então, a mãe do adolescente, Candace, ligou para as autoridades de aviação da Austrália, que investigam a queda do avião. Os técnicos disseram que havia possibilidade de a peça realmente pertencer ao Boeing-777.
O destroço foi enviado para análise pelas autoridades sul-africanas, que afirmam se tratar de um possível componente da asa ou um estabilizador horizontal. Em seguida, será enviado para a Austrália.
DESTROÇOS
Moçambique fica na mesma região onde foram encontradas partes que fariam parte do avião que fazia o voo MH370, entre Kuala Lumpur e Pequim. Os primeiros fragmentos foram achados na ilha de Reunião, em julho de 2015.
Em 2 de março, o americano Blaine Gibson anunciou ter recolhido uma parte da cauda do avião, com a expressão “Não pise” escrita. Todos os materiais são analisados pelas autoridades australianas, que lideram as buscas.
Dois anos depois, o desaparecimento da aeronave continua a ser um mistério. Segundo as equipes de resgate, ela caiu no oceano Índico entre a África e o oeste da Austrália, milhares de quilômetros ao sul da rota inicialmente prevista.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura