Donald Trump Jr. divulgou nesta terça-feira (11) uma série de e-mails trocados durante a campanha eleitoral com uma pessoa com contatos na Rússia em que tratam sobre informações constrangedoras sobre a candidata Hillary Clinton.
Os e-mails confirmaram o conteúdo de uma série de reportagens do "New York Times", segundo as quais o filho do atual presidente dos Estados Unidos manteve contatos com a Rússia para tentar favorecer a candidatura de Donald Trump à Casa Branca.
Na série de e-mails, iniciada em 3 de junho de 2016, uma pessoa identificada como Rob Goldstone diz a Trump Jr. que o principal promotor da Rússia teria oferecido repassar à campanha republicana "documentos e informações oficiais que incriminariam Hillary e os negócios dela" no país e que seriam "muito úteis para Trump".
Goldstone, intermediário de um empresário russo que a família Trump conheceu em Moscou em 2013, disse que os dados eram "muito sensíveis" e que a oferta fazia parte de um "esforço do governo russo para ajudar Trump".
Trump Jr. respondeu alguns minutos dizendo: "Se for o que você está falando mesmo, eu adorei".
Nos dias seguintes, eles trocaram novas mensagens e agendaram um encontro em 9 de junho daquele ano em Nova York entre Trump Jr. e Natalia Veselnitskaia, descrita por Goldstone como "advogada do governo russo". Também participaram da reunião o genro e assessor de Trump, Jared Kushner, e o então diretor da campanha do republicano, Paul Manafort.
Trump Jr. disse que a reunião foi uma "loucura" e que Veselnitskaia não ofereceu nenhuma informação comprometedora sobre Hillary. A advogada negou que tivesse informações sobre a campanha da democrata e disse que nunca trabalhou para o governo da Rússia.
O encontro é o primeiro que se tem notícia de membros do alto escalão da campanha de Trump com russos e o primeiro envolvendo também o filho mais velho do presidente.
Após a divulgação dos e-mails nesta segunda, Donald Trump descreveu seu primogênito como uma "pessoa de alta qualidade" e o elogiou por "sua transparência".
O caso não tem relação com as atuais investigações do FBI (polícia federal americana) e do Congresso sobre a possível interferência do governo russo nas eleições de 2016 e sobre a relação de membros da equipe de campanha de Donald Trump com Moscou.
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