Washington (EFE/AE/AP) Harry Whittington, o homem atingido acidentalmente por um tiro disparado pelo vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, disse ontem depois de receber alta do hospital onde esteve internado que "lamenta" o que o político passou. Em suas primeiras declarações desde o incidente, que aconteceu no sábado passado num rancho do Texas, Whittington afirmou que "todos assumimos riscos" ao praticar a caça. O advogado deu um breve depoimento e não respondeu a perguntas. Sua voz estava um pouco rouca, ele tinha arranhões no pescoço e uma cicatriz em sua pálpebra direita.
O próprio Cheney explicou, antes de discursar no Congresso do Estado de Wyoming, que o fim de semana passado "tinha sido muito longo", e que o advogado estava se recuperando. O vice-presidente atirou acidentalmente com uma escopeta e atingiu Harry Whittington, que ficou ferido no rosto, pescoço e peito devido aos estilhaços. "Os acidentes acontecem e acontecerão, e foi o que aconteceu no sábado passado", disse Whittington, de 78 anos. "Lamento muito por tudo isso que o vice-presidente Cheney e sua família tiveram que passar", afirmou ao sair do hospital Christus Spohn, em Corpus Christi, no Texas.
A bochecha direita de Whittington, atingida pelos estilhaços, parecia inflamada. O advogado também explicou que o ocorrido trouxe consigo "uma nuvem de desgraça e tristeza que não é fácil de explicar, especialmente para quem não está familiarizado com a caça de codornas". A Polícia do Texas descartou apresentar acusações contra o vice-presidente, após concluir sua investigação sobre o acidente de caça.
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