Atualizado em 21/06/2006 às 19h32

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Khamis Al Obaidi, um dos advogados da defesa no julgamento do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein e sete de seus ex-colaboradores, foi assassinado em Bagdá, informou nesta quarta-feira a rede de televisão iraquiana Al Iraquia.

Fontes policiais iraquianas disseram que o corpo de Obaidi foi encontrado com marcas de tiros nesta quarta-feira no bairro de Ur, no leste da capital. Segundo testemunhas, Obaidi foi seqüestrado por um grupo armado antes.

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Obaidi é o terceiro membro do comitê de defesa assassinado no Iraque desde o começo do julgamento de Saddam, em outubro.O chefe do comitê, no entanto, garantiu que os advogados de defesa vão continuar o trabalho e acusou milícias do Ministério do Interior e forças armadas americanas do assassinato de Al Obaidi.

Saddam e seus ex-colaboradores estão sendo julgados por sua suposta implicação na execução de 148 xiitas após uma suposta tentativa de assassinado do ex-ditador em 1982, em Dujail, ao norte de Bagdá. O advogado assassinado deveria apresentar sua alegação, com os outros membros da equipe, no dia 10 de julho.

Na última sessão do processo, na segunda-feira, o promotor do Tribunal Penal Supremo pediu a pena de morte para o ex-presidente e três dos seus colaboradores.

A defesa tinha exigido em várias ocasiões que o tribunal aumentasse a proteção dos advogados, depois dos dois assassinatos nos últimos meses.

Além disso, vários advogados, assim como o próprio Saddam, acusavam o tribunal de aterrorizar as testemunhas de defesa e exigiam mais flexibilidade e paciência.

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A advogada libanesa Bushra Khalil, expulsa em duas ocasiões da sala pelo presidente da corte, responsabilizou nesta quarta-feira os americanos pelo assassinato de Obaidi. Ela afirmou que também recebeu, há dois dias, ameaças de morte.

- As tropas americanas nos informaram que não ofereceriam mais proteção aos advogados - afirmou Khalil à rede de televisão Al Jazeera.