Os advogados da família de Michael Brown criticaram nesta terça-feira (25) o processo que levou um policial branco a não ser indiciado no incidente em que o jovem negro, desarmado, foi morto a tiros em agosto.
Para os advogados, o processo sobre o caso, que aconteceu na cidade americana de Ferguson, no Missouri, foi injusto e com defeitos. Durante uma coletiva, o advogado Benjamin Crump afirmou que se opunham à decisão do promotor do condado de St. Louis, Bob McCulloch, de convocar um grande júri e não nomear um promotor especial.
Por sua vez, o advogado Anthony Gray disse que a decisão era uma "reflexão direta da apresentação das evidências". O reverendo Al Sharpton afirmou que McCulloch "se esforçou muito" para desacreditar Michael Brown. Sharpton também criticou aqueles que cometeram atos de violência na noite de segunda (24), afirmando que essas pessoas não estavam do lado de Brown.
A decisão do grande júri de não indiciar Darren Wilson, o policial branco que matou Brown, causou imediatamente violentos distúrbios em Ferguson, enquanto houve manifestações pacíficas nas grandes cidades do país. Veículos foram depredados e incendiados, enquanto saques e sons de tiros foram registrados na avenida West Florissant e seus arredores.
Ao menos 12 prédios foram incendiados e 61 pessoas foram presas em Ferguson, enquanto outras 21 foram presas em Saint Louis, também no Missouri. A cidade de Ferguson, nos arredores de Saint Louis, está em alerta máximo.
Por causa dos episódios de violência, o governador Jay Nixon ordenou o enviou de mais integrantes da Guarda Nacional para Ferguson. No dia 9 de agosto, Brown, que estava desarmado, foi baleado seis vezes por Wilson, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas.
A polêmica morte reavivou as tensões raciais e provocou manifestações que muitas vezes terminaram em distúrbios. Quase 70% da população de Ferguson é negra, mas as autoridades políticas e policiais são majoritariamente brancas.
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