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Propaganda em Manágua do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, e da vice-presidente e primeira-dama Rosario Murillo
Propaganda em Manágua do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, e da vice-presidente e primeira-dama Rosario Murillo| Foto: EFE/Jorge Torres

Um grupo de advogados apresentou à Justiça Federal da Argentina um pedido para que sejam emitidas ordens internacionais de prisão contra o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, e a vice-presidente e primeira-dama Rosario Murillo, além de outras autoridades do regime sandinista.

Segundo informações publicadas nesta terça-feira (27) pelo site Infobae, o pedido foi protocolado no âmbito de uma investigação criminal aberta na Justiça Federal argentina contra lideranças da ditadura nicaraguense em outubro de 2022, por denúncias de crimes contra a humanidade.

“O pedido se baseia na gravidade das acusações, que incluem assassinatos, tortura, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias e perseguições por motivos políticos e religiosos, entre outros crimes, todos eles considerados crimes contra a humanidade”, afirmou Darío Richarte, um dos advogados denunciantes.

“Neste momento da investigação e tendo analisado durante meses a grande quantidade de provas acumuladas no processo, a partir desta denúncia concordamos com o Ministério Público e acreditamos que existem provas suficientes para justificar o pedido de declaração indagatória dos acusados. Além disso, solicitamos suas prisões e que sejam emitidos mandados de prisão internacional contra eles”, acrescentou.

Em abril de 2018, a Nicarágua foi tomada por grandes protestos que a princípio questionavam reformas na seguridade social do país, mas depois passaram a reivindicar o fim da ditadura sandinista.

Nos três meses seguintes, o regime de Ortega respondeu com extrema violência: ao menos 400 pessoas foram mortas e outras centenas foram presas. Desde então, a repressão se manteve, com prisões de líderes da oposição e religiosos e fechamento de milhares de organizações da sociedade civil e de órgãos de imprensa.

Em novembro de 2021, a crise se agravou, com uma eleição fraudulenta na qual Ortega obteve seu quinto mandato presidencial (o quarto consecutivo), com seus principais adversários na cadeia e sem observação internacional independente do processo.

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