
Os promotores de Nova York e os advogados do ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn se reuniram ontem no escritório do promotor Cyrus Vance.
Nenhum dos envolvidos disse qual o tema da reunião, mas, de acordo com o jornal The New York Times, o encontro decidiria se as acusações seriam retiradas ou se as partes buscariam um acordo judicial.
Na semana passada, DSK foi libertado da prisão domiciliar em Nova York, depois que a acusação foi colocada em xeque com a descoberta feita pela promotoria de que a suposta vítima, a camareira Nafissatou Diallo, de 32 anos, mentiu sobre detalhes importantes. De acordo com a nova versão, após o incidente, ela não havia comunicado a gerência do hotel imediatamente, como relatou no início, mas teria continuado seu trabalho antes de fazer a reclamação.
Paris
Ontem, promotores franceses receberam uma acusação de tentativa de estupro, realizada pela escritora e jornalista francesa Tristane Banon. Ela acusa Strauss-Kahn de ter tentado estuprá-la em fevereiro de 2003, quando o encontrou para uma entrevista para um livro.
A jornalista, hoje com 32 anos, falou sobre o caso pela primeira vez em 2007, em entrevista a uma televisão francesa. Segundo ela, DSK a agarrou de modo violento e tirou seu sutiã à força, antes que ela conseguisse escapar do apartamento em Paris onde ocorria a entrevista.
Na época, decidiu não acusá-lo na justiça por temer que isso manchasse seu currículo. O advogado de Tristane, David Koubbi, disse que ela estava esperando pois não queria ser associada com o caso de Nova York.
Os promotores de Paris podem realizar uma investigação preliminar e decidir se designam um magistrado investigador para examinar o caso ou podem arquivá-lo.
Uma condenação por tentativa de estupro pode resultar em uma pena de até 15 anos de prisão no país europeu.
Henri Leclerc, advogado de DSK, disse que uma queixa por calúnia contra a escritora está pronta.