O voo AA 377 da American Airlines, procedente de Miami, marcou na sexta-feira a retomada das operações comerciais no aeroporto de Porto Príncipe, pela primeira vez desde o terremoto de 12 de janeiro.
Da cabine, os pilotos agitaram a bandeira azul e vermelha do Haiti enquanto taxiavam. Os 136 passageiros que estavam a bordo do Boeing 737 passaram por um terminal fortemente danificado no Aeroporto Internacional Toussaint L'Ouverture, que vinha operando para fins humanitários com ajuda de engenheiros militares e controladores da Força Aérea dos EUA.
Na noite do terremoto, que matou mais de 212 mil pessoas, a American Airlines havia operado o último voo comercial que deixou o Haiti antes do fechamento do aeroporto. "Fomos os últimos a sair e os primeiros a voltar", disse a jornalistas Martha Pantin, diretora de comunicações da empresa aérea para a América Latina e o Caribe.
Segundo ela, desde 13 de janeiro a American e sua subsidiária American Eagle fizeram 30 voos humanitários para o Haiti, levando suprimentos e pessoal de ajuda.
Imediatamente depois da tragédia, os militares dos EUA assumiram o tráfego aéreo, coordenando o pouso de centenas de voos vindos de cerca de 35 países. Gradualmente, os controladores americanos vinham transferindo as tarefas para seus colegas haitianos.
A Air France deve retomar seus voos comerciais para o Haiti ainda na sexta-feira, e três outros aviões da American Airlines devem chegar de Miami, Fort Lauderdale e Nova York.
O brigadeiro Darryl Burke, subcomandante do Comando Aéreo Sul dos EUA, disse que a retomada do tráfego aéreo comercial no Haiti é outro sinal de um começo da normalização dos transportes no país caribenho. "Isso traz os negócios e o comércio de volta à nação do Haiti", afirmou.
De um auge de 120 voos humanitários por dia, logo depois do terremoto, o aeroporto passou agora a ter um movimento de aproximadamente 40 voos por dia, e deve manter-se entre os 30 e 40. Na véspera do terremoto, Porto Príncipe havia tido 15 voos.
Funcionários da embaixada dos EUA disseram que a normalização do tráfego aéreo entre os dois países implicar que a retirada de civis do Haiti por aviões militares dos EUA será gradualmente eliminada, exceto em casos emergenciais.
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