A empresa que opera o aeroporto de Amsterdã, Schiphol Group, anunciou nesta segunda-feira a compra de 60 scanners corporais e negou que tenham ocorrido falhas na segurança que permitissem o embarque de um nigeriano que seria preso sob a acusação de tentar explodir um avião com destino aos Estados Unidos no dia de Natal.

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Em outro incidente que abalou a reputação de segurança do aeroporto, um jornalista conseguiu embarcar com uma seringa em um avião na semana passada.

Depois dos incidentes, o aeroporto começou a empregar 15 scanners corporais, que usam ondas de rádio para "enxergar" sob as roupas e em cantos ocultos de malas. Em nota, o executivo-chefe de Schiphol, Jos Nijhuis, disse que outros 60 equipamentos serão adquiridos.

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"A varredura de segurança, que testamos amplamente em Schiphol durante os três últimos anos, agora será empregada para todos os voos para os EUA, por ordem da agência de contraterrorismo (NCTb)," disse Nijhuis.

Os primeiros 20 scanners serão entregues "em curto prazo" e o custo total será de "várias dúzias de milhões de euros", disse Nijhuis na festa de ano-novo do aeroporto.

O jornal britânico Sunday Express qualificou Schiphol como um "aeroporto do terror" depois que um repórter seu conseguiu embarcar para Londres com uma seringa semelhante à que o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab usou para tentar acionar explosivos num voo entre Amsterdã e Detroit.

"Que sejamos retratados como um 'aeroporto do terror' por parte de alguns jornais britânicos é completamente fora de lugar", disse Nijhuis na nota.

Questões relativas ao custo e à privacidade dos passageiros retardam o uso dos scanners corporais até agora.

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Nigéria, Itália, Grã-Bretanha e Gana, entre outros, anunciaram depois do incidente em Schiphol que vão adotar ou intensificar o uso dos scanners corporais.