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Na primeira entrevista coletiva desde que tomaram o poder no Afeganistão, os talibãs transmitiram nesta terça-feira (17) uma mensagem de reconciliação e unidade em um país no qual declararam uma "anistia geral", o fim das drogas e a permissão para que as mulheres trabalhem, embora colocasse como condição que isso fosse "dentro da bases da lei islâmica", sem dar detalhes de que direitos serão preservados.
"Não queremos que ninguém saia do país, este é o seu país, esta é a nossa pátria comum, temos valores em comum, uma religião em comum, uma nação. Há uma anistia geral, então não haverá hostilidades", afirmou o principal porta-voz talibã, Zabihulla Mujahid, que pela primeira vez em décadas apareceu publicamente.
Mujahid afirmou que o Talibã "perdoou" os funcionários do governo que cooperaram com potências estrangeiras: "ninguém será tratado com vingança, perdoamos todos para em benefício da estabilidade e paz do Afeganistão".
O líder também disse que a "mídia privada poderá continuar a ser livre e independente", mas alertou que ela "não deve trabalhar contra nós".
Ao ser perguntado sobre a possibilidade do Afeganistão voltar a ser sede de grupos terroristas como al-Qaeda, ele garantiu que o "solo do país não será usado contra ninguém", acrescentando que deteve o avanço do grupo em Kabul para que "a transição possa ser completada de maneira tranquila".